O impacto dos acidentes motociclísticos na Rede de Urgência e Emergência da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v26i1.40317Palavras-chave:
Acidentes de Trânsito, Serviços Médicos de Emergência, Traumatismo Múltiplo, MotocicletasResumo
Introdução: Acidentes de trânsito causam aproximadamente 1,35 milhão de óbitos por ano no mundo, sendo pedestres, ciclistas e motociclistas os mais suscetíveis, configurando-se como um relevante problema de saúde pública. Objetivo: Avaliar as vítimas de acidente motociclístico atendidas na Rede de Urgência e Emergência da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo. Método: Estudo observacional de coorte prospectivo com 80 vítimas de acidente motociclístico atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 e pelo Hospital Estadual de Urgência e Emergência, entre 1º de janeiro e 31 de abril de 2021. Resultados: A maioria das vítimas era do sexo masculino (85,0%), entre 25 e 34 anos (41,3%), com média de idade de 33,3 anos, atendidas no período vespertino (37,5%) e nas sextas-feiras (25,0%), decorrentes de colisão (66,3%) e com gravidade classificada como Manchester amarela (80,0%). Ocorreram 17 internações hospitalares (21,3%), com média de 4,1 dias, sendo 1,3% em leito de Unidade de Tratamento Intensivo. Fatores de risco para internação hospitalar: vítimas de politrauma (p = 0,043), trauma maior (p = 0,023), realização de tomografia computadorizada (p = 0,011), exames laboratoriais (p < 0,001), hemotransfusão (p = 0,006) e tratamento cirúrgico (p < 0,001). A taxa de mortalidade hospitalar foi de 5,9%. Conclusão: O estudo aponta a necessidade de aprimorar as políticas públicas de saúde voltadas para a prevenção de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas e para a integração dos Serviços da Rede de Urgência e Emergência.
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