Internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas no estado do Maranhão, Brasil

Jurandir Carvalho de Lacerda Neto; João Paulo Bastos Silva

doi:10.47456/rbps.v25i4.40679

Autores

Jurandir Carvalho de Lacerda Neto Universidade Federal do Maranhão https://orcid.org/0000-0003-3299-8082
João Paulo Bastos Silva Universidade Federal do Maranhão https://orcid.org/0000-0003-3859-7474

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v25i4.40679

Palavras-chave:

Internação hospitalar, Transtornos mentais, Transtornos relacionados ao uso de substâncias

Resumo

Introdução: No Maranhão, as internações psiquiátricas pelo uso de substâncias psicoativas é fator preocupante e figura entre os estados nordestinos, um dos maiores em taxas de hospitalizações desse tipo. Objetivos: Descrever o perfil das internações por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas no Maranhão entre 2012 e 2021. Métodos: Estudo ecológico descritivo, de série temporal, acerca das internações por transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Utilizou-se de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar do Ministério da Saúde, disponíveis no Departamento de Informática do SUS. Resultados: Foi possível observar tendência crescente no número de internações por transtornos mentais e comportamentais no período avaliado, sendo elas devido ao uso de álcool e de outras substâncias psicoativas, sendo responsáveis por 14,7% e 11,9%, respectivamente, do total de internações. O maior número de internações foi relacionado a pacientes adultos, do sexo masculino e pardos em todas as macrorregiões de saúde do estado. A macrorregião norte foi a maior responsável por esse tipo de internação, com taxas de prevalência de internações superiores às taxas das demais macrorregiões maranhenses. Conclusão: É notório que o uso de substâncias psicoativas tem impacto direto na saúde pública no estado do Maranhão. O crescimento nas taxas de internações por uso dessas substâncias compromete os gastos públicos com saúde, ao passo que suscita a criação de políticas públicas voltadas para a estruturação do serviço de saúde mental em nível de atenção básica, para contribuir, a longo prazo, com a redução nesses números no estado.

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