Influência da esteatose hepática e da Síndrome metabólica na resposta ao tratamento farmacológico antiviral de portadores de hepatite B crônica
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_2.41000Palavras-chave:
Hepatite B Crônica, Síndrome Metabólica, Hepatopatia Gordurosa não Alcoólica, Tratamento Farmacológico, Resultado do TratamentoResumo
Introdução: A influência da Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e da Síndrome metabólica (SM) no tratamento antiviral dos portadores de hepatite B crônica (HBC) ainda é incerta na literatura. O aumento da prevalência dessas comorbidades na população geral, pode influenciar a resposta antiviral nos portadores de HBC. Objetivo: Avaliar a influência da DHGNA e SM no tempo de resposta virológica completa (RVC) em pacientes portadores de HBC. Métodos: Estudo transversal retrospectivo em que pacientes portadores de HBC foram divididos em dois grupos: sem comorbidades (G1) e portadores de DHGNA e/ou SM (G2). Após descrever suas características clínico-epidemiológicas e bioquímicas, avaliamos os grupos em dois momentos, no início de terapia antiviral e no momento em que foi atingido RVC, comparando o tempo em meses de ambos os grupos até a negativação. Resultados: Foram avaliados 65 pacientes após critérios de exclusão (G1:48; G2:17). Após descrição da população, foi possível avaliar o perfil de pacientes da população e encontrado tempo médio até RVC no G1 de 10,5 meses e no G2 de 14 meses (p=0,019). Conclusão: A presença de DHGNA e/ou SM retarda a resposta virológica completa em indivíduos em tratamento de hepatite B crônica. A avaliação conjunta dessas comorbidades podem beneficiar a resposta terapêutica nos indivíduos com hepatite B crônica.
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