Perfil dos recém-nascidos com retinopatia da prematuridade em um Hospital Universitário no estado do Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v26isupl_1.44390Palavras-chave:
Retinopatia da Prematuridade, Assistência ambulatorial, Terapia Intensiva NeonatalResumo
Introdução: A etiologia da Retinopatia da Prematuridade (ROP) é multifatorial, com diferentes graus de acometimento, devendo ser diagnosticada precocemente nos neonatos pois pode evoluir com perda parcial ou total da visão. Objetivos: Identificar o perfil dos pacientes com ROP do ambulatório de seguimento de recém-nascidos de risco (Follow-up). Método: Estudo transversal, retrospectivo e documental, com análise dos pacientes do ambulatório de follow-Up, de outubro de 2020 a setembro de 2021, com diagnóstico de ROP. Resultados: Dos 132 pacientes, 116 eram prematuros e 97 preencheram critério para mapeamento de retina. Dentre estes, foram identificados 15 casos de ROP (11,4% do total, 15,5% dos pacientes mapeados). Dos pacientes com ROP, o pré-natal foi inadequado em 80%, extremo baixo peso eram 43,8% e muito baixo peso 33,3% dos casos. Prematuros extremos foram 53,3%. O tempo médio de internação foi 100 dias (60% por mais de 60 dias). Quatorze pacientes necessitaram de assistência ventilatória (1 paciente sem informação), sendo 53,3% por mais que 28 dias. Onze pacientes com ventilação invasiva, com tempo médio de 27 dias (±26,1). Estágio 1 de ROP em 40%, 2 em 33,3% e 3 em 26,7%, além de 6,7% com doença plus. A fotocoagulação foi realizada em 26,7% e a regressão completa ocorreu em 80% dos casos. Conclusão: O estudo identificou número significante de ROP dentre os pacientes, com destaque para pacientes sem acompanhamento pré-natal, com extremo ou muito baixo peso e prematuros extremos, com grande tempo de internação.
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