Estudo descritivo epidemiológico e impacto na saúde mental e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia de um Centro de Reumatologia
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v26isupl_1.44393Palavras-chave:
Fibromialgia, Epidemiologia, Qualidade de Vida, Base de DadosResumo
Introdução: A Fibromialgia (FM) é uma síndrome crônica associada a fadiga, distúrbios do sono, do humor, cognitivos e dor musculoesquelética generalizada. Objetivos: Avaliar o perfil clínico de pacientes com FM, os tratamentos mais utilizados e o impacto por meio de escalas específicas. Métodos: Estudo descritivo com base em dados do Projeto Epifibro 2.0 de pacientes atendidos em ambulatório de um Serviço de Reumatologia, que preencheram os Critérios de Diagnóstico do Colégio Americano de Reumatologia de 2010 para FM. A coleta dos dados foi realizada através da aplicação de questionários do Projeto Epifibro 2.0 com dados epidemiológicos e escores específicos para avaliação do impacto da FM nos pacientes do ambulatório de dor de um serviço de Reumatologia. Os dados foram armazenados em uma planilha do Excel e analisados por meio do programa SPSS 20.0. Resultados: Foram avaliados 69 pacientes, com média de idade de 58,27±9,62 anos e predomínio do sexo feminino com 94,2%. Observou-se que 59,4% dos pacientes tinham mais de 10 anos de diagnóstico, 92,8% estudaram até o ensino médio completo e 86,7% tinham renda familiar maior que 3 salários. As medicações mais prescritas foram pregabalina e fluoxetina e o tratamento não farmacológico mais indicado foi o exercício aeróbio. As médias dos questionários PDS, FIQR, GAD-7, PHQ-9 foram de moderadas a graves. Conclusão: Os pacientes analisados apresentaram doença de longa duração e o tratamento mais prescrito foi o farmacológico associado a exercícios aeróbicos. Os questionários demonstraram uma população com impacto moderado à grave na saúde mental e qualidade de vida.
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