Concordância interobservador do escore visual de atrofia do córtex entorrinal (ERICA)
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v26isupl_3.02Palavras-chave:
Doença de Alzheimer, Ressonância Magnética, BiomarcadorResumo
Introdução: O escore ERICA tem sido utilizado como uma ferramenta de avaliação da atrofia do córtex entorrinal em imagens de RM do crânio em pacientes com suspeita de Doença de Alzheimer. Objetivos: Avaliar o grau de concordância interobservador e a reprodutibilidade na aplicação do escore ERICA para verificar o grau de atrofia do córtex entorrinal. Métodos: As análises foram realizadas por dois avaliadores a partir de exames de RM com cortes de 1,3 mm, na sequência T1 SPGR sem contraste, na região hipocampal no nível dos corpos mamilares. A amostra constituiu-se de 51 pacientes atendidos no serviço de radiologia e diagnóstico por imagem do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes. Para medir a concordância interobservador, foi utilizado o teste de Kappa ponderado (peso linear). Resultados: Na classificação, os escores 0 e 1 foram os mais encontrados na amostra para os dois hemisférios cerebrais. Para avaliação de concordância de classificação da atrofia do córtex entorrinal, o teste do Kappa ponderado indicou que há uma confiabilidade moderada entre os dois observadores tanto para o lado direito (k= 0,4785; p=7,333e-05), quanto para o lado esquerdo (k= 0,5526; p=8,199e-07). Conclusão: A interpretação do Kappa deve levar em consideração o contexto específico em que é aplicado, portanto, a interpretação de imagens de RM para o escore ERICA parece constituir-se em instrumento viável no que se refere à classificação de atrofia do córtex entorrinal, contribuindo, enquanto biomarcador de imagem, para o diagnóstico precoce da DA.
Downloads
Referências
1. Enkirch SJ, Traschütz A, Müller A, Widmann CN, Gielen GH, Heneka MT et al. The ERICA Score: An MR Imaging–based Visual Scoring System for the Assessment of Entorhinal Cortex Atrophy in Alzheimer Disease. Radiology. 2018; 288(1):226-233.
2. Schilling LP, Figueredo MLF, Radanovic M, Forlenza OV, Sigali ML, Smid J et al. Diagnóstico da doença de Alzheimer: recomendações do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia. Dement Neuropsychol. 2022; 16(3 Suppl 1):25-39.
3. García-Morales V, González-Acedo A, Melguizo-Rodríguez L, Pardo-Moreno T, Costela-Ruiz VJ, Montiel-Troya M et al. Current understanding of the physiopathology, diagnosis and therapeutic approach to Alzheimer’s disease. Biomedicines. 2021; 9(12):1910-1926.
4. Miramontes S, Serras CP, Woldemariam SR, Khan U, Li Y, Tang AS et al. Alzheimer’s disease as a women’s health challenge: a call for action on integrative precision medicine approaches. npj Women's Health. 2024; 2(1):1-5.
5. Thomas B, Sheelakumari R, Kannath S, Sarma S, Menon RN. Regional Cerebral Blood Flow in the Posterior Cingulate and Precuneus and the Entorhinal Cortical Atrophy Score Differentiate Mild Cognitive Impairment and Dementia Due to Alzheimer Disease. AJNR Am J Neuroradiol. 2019; 40(10):1658-1664.
6. Osborn AG. Encéfalo de Osborn. Porto Alegre: Artmed; 2014.
7. Rocha AJ, Gama HP, Pacheco FT. Doenças neurodegenerativas e síndromes demenciais. In: Rocha AJ, Vedolin L, Mendonça RA, editors. Encéfalo. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012. p. 729-780
8. Scheltens P, Blennow K, Breteler MMB, Strooper B, Frisoni GB, Salloway, S et al. Alzheimer's disease. Lancet. 2021; 397(10284):1577-1590.
9. Serrano-Pozo A, Frosch MP, Masliah E, Hyman BT. Neuropathological alterations in Alzheimer disease. Cold Spring Harb Perspect Med. 2011; 1(1):1-23.
10. Lloret A, Esteve D, Lloret MA, Cervera-Ferri A, Lopez B, Nepomuceno M et al. When does Alzheimer’s disease really start? The role of biomarkers. Int J Mol Sci. 2019; 20(22):1-15.
11. Isaacson RS, Ganzer CA, Hristov H, Hackett K, Caesar E, Cohen R et al. The clinical practice of risk reduction for Alzheimer's disease: a precision medicine approach. Alzheimers Dement. 2018; 14(12):1663-1673.
12. Jack Jr CR, Andrews JS, Beach TG, Buracchio T, Dunn B, Graf A et al. Revised criteria for diagnosis and staging of Alzheimer's disease: Alzheimer's Association Workgroup. Alzheimers Dement. 2024; 1-27.
13. Long X, Chen L, Jiang C, Zhang L. Prediction and classification of Alzheimer disease based on quantification of MRI deformation. PLoS ONE. 2017; 12(3):1-19.
14. American College of Radiology [homepage na internet]. Appropriateness Criteria® Dementia [acesso em 06 jul 2024]. Disponível em: https://acsearch.acr.org/docs/3111292/Narrative/.
15. Scheltens P, Launer LJ, Barkhof F, Weinstein HC. Visual assessment of medial temporal lobe atrophy on magnetic resonance imaging: interobserver reliability. J Neurol. 1995; 242(9):557-560.
16. Rau A, Urbach H. The MTA score—simple and reliable the best for now? Eur Radiol. 2021; 31:9057-9059.
17. Traschütz A, Enkirch SJ, Polomac N, Widmann CN, Schild HH, Heneka MT et al. The Entorhinal Cortex Atrophy Score Is Diagnostic and Prognostic in Mild Cognitive Impairment. J Alzheimers Dis. 2020; 74(1):99-108.
18. Park HY, Park CR, Suh CH, Shim WH, Kim SJ et al. Diagnostic performance of the medial temporal lobe atrophy scale in patients with Alzheimer’s disease: a systematic review and meta-analysis. Eur Radiol. 2021; 31:9060-9072.
19. Socher KLR, Lopes D, Nunes DM, Busatto G, Nitrini R, Brucki SMD. Visual atrophy scales are not a useful tool to help the clinician in diagnosing clinical or preclinical AD. Neuroimaging. The Journal of the Alzheimer’s Dement. 2020; 16(Suppl 5).
20. Ahmed MR, Zhang Y, Feng Z, Lo B, Inan OT, Liao H. Neuroimaging and machine learning for dementia diagnosis: recent advancements and future prospects. IEEE Rev Biomed Eng. 2019; 12:19-33.
21. Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics. 1977; 33(1):159-174.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (RBPS) adota a licença CC-BY-NC 4.0, o que significa que os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos submetidos à revista. Os autores são responsáveis por declarar que sua contribuição é um manuscrito original, que não foi publicado anteriormente e que não está em processo de submissão em outra revista científica simultaneamente. Ao submeter o manuscrito, os autores concedem à RBPS o direito exclusivo de primeira publicação, que passará por revisão por pares.
Os autores têm autorização para firmar contratos adicionais para distribuição não exclusiva da versão publicada pela RBPS (por exemplo, em repositórios institucionais ou como capítulo de livro), desde que seja feito o devido reconhecimento de autoria e de publicação inicial pela RBPS. Além disso, os autores são incentivados a disponibilizar seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais) após a publicação inicial na revista, com a devida citação de autoria e da publicação original pela RBPS.
Assim, de acordo com a licença CC-BY-NC 4.0, os leitores têm o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.