Sátiras jogáveis
análise da retórica procedural em jogos de charge sobre política
DOI:
https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i2.46352Palavras-chave:
comunicação, consumo simbólico, política, jogos eletrônicosResumo
A partir do pressuposto de que os jogos digitais podem transmitir posicionamentos político-ideológicos não apenas por meio de seu conteúdo ou estilo, mas também por seus elementos mecânicos (regras, sistemas e interações), o objetivo do artigo é analisar, a partir da retórica procedural, alguns jogos de charges políticas lançados recentemente no Brasil. Para isso, utilizaremos a metodologia proposta por Frasca (2003), para observar como as características mecânicas desses jogos se articulam a uma forma de consumo simbólico da política. As análises apontaram que esses jogos exibem uma estética marcada pelo sarcasmo e uma abordagem mecânica que se caracteriza pelo pastiche, desconsiderando aspectos cruciais das potencialidades críticas das mecânicas de jogos.
Referências
AARSETH, Espen. (1997). Cybertext: Perspectives on Ergodic Literature. Maryland, The Johns Hopkins University Press.
AARSETH, Espen. (2003). “Playing Research: Methodological approaches to game analysis”. Proceedings of the digital arts and culture conference. Melbourne. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://www.raco.cat/index.php/Artnodes/article/view/83248.
AARSETH, Espen; MÖRING, Sebastian. (2020). “The game itself? Towards a Hermeneutics of Computer Games”. International Conference on the Foundations of Digital Games (FDG). Malta, ACM Digital Library. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://dl.acm.org/doi/10.1145/3402942.3402978.
ASSIS, Érico G. (2006). Táticas lúdico-midiáticas no ativismo político contemporâneo. Dissertação apresentada a Universidade Vale do Rio Sinos. São Leopoldo, UNISINOS.
BOGOST, Ian. (2006). “Videogames and Ideological Frames”. The International Journal of Media and Culture, v. 4, n. 3, pp. 165-183. [Consult. 12-06-2025]. Disponível em https://doi.org/10.1207/s15405710pc0403_2
BOGOST, Ian. (2007). Persuasive Games: The Expressive Power of Videogames. Cambridge, MIT Press.
BOSSETTA, Michael. (2019). “Political Campaigning Games: digital Campaigning With Computer Games in European National Elections”. International Journal of Communication, v. 13, n. 1, pp. 3422-3443. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/10477.
CHAGAS, Viktor. (2021). “Meu malvado favorito: os memes bolsonaristas de WhatsApp e os acontecimentos políticos no Brasil”. Estudos Históricos, v. 34, n. 72, pp. 169-196. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://www.scielo.br/j/eh/a/vXzQKJb4KJY4LV7ZXXGSzvH.
FRASCA, Gonzalo. (2007). Play the message: play, game and videogame rhetoric. Tese (Doutorado em Videogame Studies) – IT University of Copenhagen, Dinamarca.
KLEINA, Nilton. (2020). “De herói de jogos a adesivo no Whatsapp: da imagem de Jair Bolsonaro retratada em aplicativos para celular”. Mediação, v. 22, n. 30, pp. 42-51. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://revista.fumec.br/index.php/mediacao/article/view/7770.
LIMA, Leandro. (2017). “O potencial político dos videogames para o debate sobre gênero e sexualidade”. Fronteiras, v. 19, n. 1, pp. 129-143. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2017.191.12.
MOUFFE, Chantal. (2013). Agonistics: Thinking the World Politically. Nova Iorque, Verso.
MUSSA, Ivan. (2019). “Ódio ao jogo: cripto-fascismo e comunicação anti-lúdica na cultura dos videogames”. Logos, v. 26, n. 2, pp. 57-71. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/logos/article/view/45679.
ROCHA, Rose de M.; GHEIRART, Ozzie. (2016). Esse close eu dei!: a pop-lítica orgunga de Rico Dalasam. Eco-Pós, v. 19, n. 3, pp. 161-179. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/3783.
ROMANCINI, Richard. (2022). “Jogos políticos: valores nos jogos para dispositivos móveis com Bolsonaro”. Domínios da Imagem, v. 16, n. 29, pp. 200-228. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/dominiosdaimagem/article/view/43212.
SILVA, Ana E. (2021). “Como o mito Bolsonaro foi construído na narrativa do jogo Bolsomito 2k18”. Anais do XVII Enecult. Salvador, UFBA.
SILVEIRA, Sergio A. (2009). “Game-ativismo e a nova esfera pública interconectada”. Líbero, v. 12, n. 24, pp. 131-138. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://seer.casperlibero.edu.br/index.php/libero/article/view/506.
TREANOR, Mike; MATEAS, Michael. (2009). “Newsgames: Procedural Rhetoric meets Political Cartoons”. Anais do DiGRA 2009, London.
WENZEL, Camila. (2006). “Os jogos eletrônicos como plataforma para o ciberativismo: estudo de caso do McDonald´s videogame”. CASA, v. 4, n. 2, pp. 1-10. [Consul. 13-06-2025]. Disponível em https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/582.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Eliza Bachega Casadei, Mauro Miguel Rodrigues Berimbau

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
b. Compartilhar - copiar e distribuir o material em qualquer meio ou formato.
Adaptar - remix, transformar e construir sobre o material para qualquer finalidade, inclusive comercial.
c. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
a. Authors retain the copyright and grant the magazine the right of first publication, with work simultaneously licensed under the CCreative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
b. Share - copy and distribute the material in any medium or format.
Adapt - remix, transform and build on the material for any purpose, including commercial.
c. Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
d. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg.: in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and the citation of the published work (See The Effect of Free Access).








