Mulheres de Terreiro

o Tambor de Mina como patuá de reexistência no território quilombola Santa Rosa dos Pretos (Itapecuru-Mirim/MA, Brasil)

Autores

  • Dayanne da Silva Santos Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i1.47222

Palavras-chave:

Tambor de Mina, Mulheres negras, Encantados, Resistência

Resumo

Este texto é um fragmento de uma pesquisa de doutorado em Sociologia e só foi possível por conta de mais de 10 anos de escrevivência com mulheres quilombolas que são linha de frente na defesa do Território quilombola Santa Rosa dos Pretos, Itapecuru-Mirim/MA, Brasil. Este texto visa ampliar o debate sobre o protagonismo das mulheres quilombolas na relação com o território quilombola e com o terreiro. Com base nisso, o Tambor de Mina é uma religião de matriz africana, espaço seguro e uma força existencial que emana da mãe natureza que as mulheres acionam na luta contra desenvolvimento predatório. A partir das ontologias presentes nas relações com os encantados, as mulheres quilombolas criam e recriam possibilidades de existência para si mesmas e seu território. Por fim, consideramos que essa confluência encantada permite a proposição de outras narrativas, falar de nós ganhando, como nos ensinou nosso mestre Nêgo Bispo.

Biografia do Autor

  • Dayanne da Silva Santos, Universidade Federal do Maranhão

    Mulher afro-indígena, educadora popular, mãe, socióloga, poeta e de terreiro. Doutora em Sociologia pelo PPGS/UFRGS. Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc/UFMA), pesquisadora engajada na luta antirracista pelo Gedmma/UFMA e do Laboratório Urgente de Teorias Armadas (LUTA/UFRGS).

Referências

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Publicado

23-05-2025

Edição

Seção

Ensaio

Como Citar

Mulheres de Terreiro: o Tambor de Mina como patuá de reexistência no território quilombola Santa Rosa dos Pretos (Itapecuru-Mirim/MA, Brasil). (2025). Simbiótica. Revista Eletrônica, 12(1), 134-153. https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i1.47222