La educación de las hormigas
extrema derecha y redes sociales
DOI:
https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i3.49058Palabras clave:
extrema derecha, idolatría, redes sociales, subjetividadesResumen
El artículo comienza con la pregunta: ¿cuál es el educativo de las acciones de los grupos de extrema derecha contemporáneos en las redes sociales y cuáles son las implicaciones para el futuro de las democracias? Para abordar esta pregunta, se basa en las ideas de idolatría (Souza, 2020) y de régimen de información (Han, 2018). Se organiza en tres secciones. En primer lugar, trata de comprender el reaccionarismo desde la perspectiva de la digitalización de la vida. En segundo lugar, analiza tres casos: el Movimiento Cinco Estrellas en Italia, la campaña de Donald Trump en 2016 en Estados Unidos y las acciones de Jovem Pan en Brasil. En conjunto, estos casos demuestran cómo los líderes y movimientos reaccionarios han utilizado los entornos digitales para manipular la información y consolidar su poder político. La tercera parte propone una reflexión sobre los efectos de estos movimientos, cuestionando el impacto de la radicalización política y la desinformación en la esfera pública y en la propia idea de democracia. Concluye que los movimientos de extrema derecha contemporáneos operan bajo el disfraz de la libertad y la espontaneidad, educando a los individuos para que acepten una concepción cuantitativa de la «verdad», la naturalización de las relaciones de mercado y una idea de democracia como la imposición de la voluntad de la mayoría sobre las minorías
Referencias
ABRAHAMSEN, Rita; DROLET, Jean François; WILLIAMS, Michael; VUCETIC, Srdjan; NARITA, Karin; GHECIU, Alexandra. (2024). World of the Right: Radical Conservatism and Global Order. Cambridge, Cambridge University Press.
ADORNO, Theodor. (1995). Educação e emancipação. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
ADORNO, Theodor. (2015). “Teoria freudiana e o padrão da propaganda fascista”, in T. Adorno. Ensaios sobre psicologia social e psicanálise. São Paulo, Unesp, pp. 153-190.
ADORNO, Theodor. (2020). Apectos do novo radicalismo de direita. São Paulo, Unesp.
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. (1985). Dialética do esclarecimento. São Paulo, Companhia das Letras.
ARENDT, Hannah. (2017) A condição humana. 13º ed. Rio de Janeiro, Forense Universitária.
CHAUÍ, Marilena. (2021). Cidadania cultural: política cultural e cultura política novas. Belo Horizonte, Autêntica.
DOMÍNGUEZ, Íñigo. (2024). “El Movimiento 5 Estrellas cierra una época en Italia al destituir a su fundador, el cómico Beppe Grillo”. El País Itália. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://elpais.com/internacional/2024-12-09/el-movimiento-5-estrellas-cierra-una-epoca-en-italia-al-destituir-a-su-fundador-el-comico-beppe-grillo.html?utm_source=chatgpt.com
DOS SANTOS, João Guilherme B.; CHAGAS, Viktor. (2018). “Direita transante: enquadramentos pessoais e agenda ultraliberal do MBL”. MATRIZes, v. 12, n. 8, pp. 189-214. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v12i3p189-214
EMPOLI, Giuliano. (2019). Os engenheiros do caos: como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições. Belo Horizonte, Vestígio.
EVANGELISTA, Rafael. (2025). “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos: as mudanças nas políticas da Meta e a tomada da Casa Branca pelo Vale do Silício”. Revista Elerônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, v. 19, n. 1, pp. e5033. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.29397/reciis.v19i1.5033
FORTI, Steven. (2024). “Extreme Rights 2.0, A Big Global Family”. NACLA Report on the Americas, v. 56, n. 1, pp. 20-27. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.1080/10714839.2024.2323396
GUILHERME, Alexandre A.; PICOLi, Bruno A. (2017). “Redes sociais e educação informal: entre o cenário da vila e o pensamento crítico”. Diálogos Latinoamericanos, n. 26, pp. 23-37. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/21172/2/Redes_sociais_e_educao_informal_entre_o_scemo_del_villaggio_e_o_pensamento_crtico.pdf
GUILHERME, Alexandre A.; PICOLI, Bruno A. (2021) “Neoliberalism and Education in the Global South: A New Form of Imperialism.” In Ness Immanuel; Cope Zak. (Org.). The Palgrave Encyclopedia of Imperialism and Anti-Imperialism. 2ed. Cham, Springer International Publishing, v. 1, pp. 1-13. Disponível em: https://link.springer.com/rwe/10.1007/978-3-319-91206-6_144-1
GUIMARÃEs, Roberta. (2025). Em nome da “nossa liberdade”: reacionarismo, youtube e implicações educacionais para a democracia. Dissertação (Mestrado em Educação) – PPGE, UFFS, Chapecó, 132 p. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/8535
GUR-ZE’EV, Ilan. (2002). “É possível uma educação crítica no ciberespaço?”. Comunicações, v. 9, n. 1, pp. 72-98. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/1569/982.
HAN, Byung-Chul. (2018). No enxame: perspectivas do digital. Petrópolis, Vozes.
HAN, Byung-Chul. (2022). Infocracia: digitalização e a crise da democracia. Petrópolis, Vozes.
HINKELAMMERt, Franz. (1983). As armas ideológicas da morte. São Paulo: Paulinas.
Hobsbawm, Eric. (1997). “Introdução: a invenção das tradições”, in E. Hobsbawm e E. R. Terence (orgs). A invenção das tradições. 6ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, pp. 9-24.
JAPPE, Anselm. (2021). A sociedade autofágica: capitalismo, desmesura e autodestruição. São Paulo, Elefante.
LANIER, Jaron. (2018). Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais. São Paulo, Intrínseca.
LAVAL, Christian; DARDOT, Pierre. (2016). A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo, Boitempo.
LÉVY, Pierre. (2010). Cibercultura. São Paulo, Editora 34.
LILLA, Mark. (2016). A mente naufragada: sobre o espírito reacionário. Rio de Janeiro, Record.
LORIMER, Marta; JONGE, Leonie de; GRIFFINI, Marianna. (2025) “Snap Out of It? Governmental Instability and Far-Right Mainstreaming in the Dutch and French Elections of 2023/2024”. Journal of Common Market Studies, pp. 1-15. [Consult, 14-10-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.1111/jcms.70004
MADARIAGA, Aldo. (2019). “La continuidad del neoliberalismo en Chile”. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 13, n.2, pp. 81-113. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv13n2.2019.23217
MAMMONE, Andrea. (2015).Transnational neofascism in France and Italy. Cambridge, Cambridge University Press.
MINKENBERg, Michael. (2011). The radical right in Europe: An overview. Gütersloh, Bertelsmann Stiftung.
MOUFFe, Chantal. (2019). “The populist moment”. Simbiótica, v. 6, n. 1, pp. 06-11. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em https://www.redalyc.org/journal/5759/575961686004/
NAZARENO, Marcelo; BRUSCO, Valeria. (2024). “Derecha radical y subjetividad política en la Argentina. Qué hay detrás del voto a Javier Milei”. POSTData, v. 28, n. 2. pp. 227-251. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://revistapostdata.com.ar/index.php/postdata/article/view/1
O’NEIL, Cathy. (2016). Weapons of math destruction: how big data increases inequality and threatens democracy. New York, Broadway Books.
PAULO, Diego M. D. (2020). “Os mitos da Brasil Paralelo–uma face da extrema direita brasileira (2016-2020)”. Revista Brasileira de Estudos Latino-Americanos, v. 10, n. 1, pp. 101-110. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/rebela/article/view/4180
PICOLI, Bruno A.; RADAELLI, Samuel M. (2024). “Novidade sem o Novo: educação e inovação no neoliberalismo”. Revista Espaço Pedagógico, v. 31, pp. e16169. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.5335/rep.v31.16169
PICOLI, Bruno A.; CHITOLINA, Vanessa; GUIMARÃEs, Roberta. (2020). “Revisionismo histórico e educação para a barbárie: a verdade da ‘Brasil Paralelo’”. Revista UFG, v. 20, pp. e64896. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: https://doi.org/10.5216/revufg.v20.64896
PLÁ, Sabastián. (2022). Investigar la educación desde la educación. Madri: Morata.
POLANYI, Karl. (2021). A grande transformação: as origens políticas e económicas do nosso tempo. Lisboa, Edições 70.
RADAELLI, Samuel M. (2022). Direcionário: o dicionário reacionário. Porto Alegre, Artes e ofícios.
RODRÍGUEZ PÉREZ, Isaura. (2024). “Discursos de odio en X: aproximación a los mensajes de Javier Milei y el espacio político La Libertad Avanza”. Revista Más Poder Local, v. 58, n. 1, pp. 48-69. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em https://doi.org/10.56151/maspoderlocal.233
SANTOS, Rodrigo O. (2022). “Algoritmos, engajamento, redes sociais e educação”. Acta Scientiarum. Education, v. 44, e52730. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/actaeduc/v44/2178-5201-aseduc-44-e52736.pdf
SILVA, Jaqueline A.; MOREIRA, Carla B. (2021). “‘Nazismo é de esquerda’: implicações discursivas, silencianto e memória”, in F. Galli et al. (orgs). Práticas contemporâneas em análise de discurso. Recife, Editora UFPE, pp. 122-136.
SMULYAN, Harold; PINALS, Robert; PINALS, Lisa; VILLARREAL, Daniel. (2017). “Wireless: The Life and Death of Guglielmo Marconi”. The American Journal of the Medical Sciences, v. 353, n. 6, pp. 511–515. [Consult. 26-06-2025]. Disponível em https://doi.org/10.1016/j.amjms.2016.12.022
SPINOZA, Baruch. (2009). Ética. Belo Horizonte, Autêntica.
SOUZA, Ricardo T. (2020). Crítica da Razão Idolátrica: tentação de Thanatos, necroética e sobrevivência. Porto Alegre, Zouk.
SUMPTER, David. (2019). Dominados pelos números: do Facebook e Google às fake news, os algoritmos que controlam nossa vida. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.
ZUBOFF, Shoshana. (2021). A era do capitalismo de vigilância. Rio de Janeiro, Intrínseca.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Bruno Antonio Picoli, Roberta Guimarães

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
b. Compartilhar - copiar e distribuir o material em qualquer meio ou formato.
Adaptar - remix, transformar e construir sobre o material para qualquer finalidade, inclusive comercial.
c. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
a. Authors retain the copyright and grant the magazine the right of first publication, with work simultaneously licensed under the CCreative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
b. Share - copy and distribute the material in any medium or format.
Adapt - remix, transform and build on the material for any purpose, including commercial.
c. Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
d. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg.: in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and the citation of the published work (See The Effect of Free Access).








