Gayatri Spivak e o feminismo negro: notas para um debate
DOI:
https://doi.org/10.47456/simbitica.v2i1.10332Abstract
Resumo: O presente trabalho constitui-se em alguns apontamentos aproximativos entre o trabalho de Gayatri Spivak, Pode o subalterno falar? (2010) e as contribuições de Patricia Collins e bell hooks para o feminismo negro. O argumento anti-identitário e antiessencialista de Spivak, bem como o da criação de espaços de fala do subalterno, são fundamentais para o feminismo negro. Este, por sua vez, emerge enquanto crítica a um feminismo que universaliza uma experiência de mulher: branca, universitária, casada, heterossexual, de classe média e média-alta. Para contraporem a isso, hooks e Collins propõem a humanização da mulher negra, vinculando-se, portanto, como muitos autores da crítica pós-colonial, a uma tradição humanista.
Palavras-chave: feminismo negro; Spivak; pós-colonial; humanismo.
Resumen: Esta obra consiste en algunas notas aproximativas entre el trabajo de Gayatri Spivak, ¿Puede el subalterno hablar? y las contribuciones de Patricia Collins y bell hooks al feminismo negro. El argumento contra la identidad y anti-esencialista de Spivak, así como su outro argumento acerca de la creación de espacios de conversación donde los subalternos pueden hablar son fundamentales para el feminismo negro. Esto feminismo, a su vez, surge como un feminismo crítico de la universalización de una experiencia de la mujer: blanca, com estudios em la universidad, casada, heterosexual, de clase media y media-alta. Para contrarrestar esto, lo que hooks y Collins proponen es la humanización de las mujeres negras, lo que las vincula, por tanto, como muchos autores de la crítica poscolonial, a la tradición humanista.
Palabras clave: feminismo negro; Spivak; poscolonial; humanismo.
Abstract: Here are some notes that intend to bring together Gayatri Spivak's work, Can the subaltern speak? and Patricia Collins' and bell hooks' constributions to black feminism. Spivak's point, anti-identity and anti-essence, as though as her point about the creation of spaces where the subaltern can speak are fundamental to black feminism. This feminism, in its turn, emerges as critical to a feminism that universalizes one specific women's experience: white, with universitary studies, married, heterosexual, middle-class/high-class. To counteract that, what hooks and Collins propose is the humanization of the black woman, which vinculates the authors, as thought many post-colonial authors, to a humanistic tradition.
Keywords: black feminism; Spivak; post-colonial; humanism.
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Copyright (c) 2020 Stella Zagatto Paterniani
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