Em contexto de pandemia: entregadores de aplicativos, precarização do trabalho, esgotamento e mobilização
DOI:
https://doi.org/10.47456/simbitica.v8i3.36817Abstract
Partindo do entendimento de que o processo de precarização se aprofunda e se intensifica com a chamada uberização, esse ensaio teórico discute as condições de trabalho dos entregadores de aplicativos, categoria que marcou suas reivindicações ante as vulnerabilidades amplificadas no contexto da pandemia de Covid-19. Refletindo acerca desses movimentos, a noção de esgotamento é suscitada como ponto central de uma análise sociopsicológica do trabalho que correlaciona a dimensão macrossocial da economia neoliberal a efeitos nefastos da reestruturação produtiva. Assim, infere-se que a noção de esgotamento tem potencial de deslocar os sujeitos a um movimento de devir revolucionário, a qual presumivelmente não seria pensada em uma condição de ‘possível’, empregando-se a nomenclatura deleuziana.
Palavras-chave: precarização do trabalho; entregadores de aplicativos; esgotamento; Covid-19.
Abstract
Starting from the understanding that the precariousness process deepens and intensifies with the so-called uberization, this theoretical essay discusses the working conditions of delivery app workers, category that marked its demands face of the amplified vulnerabilities in the the Covid-19 pandemic context. Reflecting on these movements, the exhaustion notion is raised as the central point of a sociopsychological analysis of work that correlates the macrosocial neoliberal economy dimension with the productive restructuring harmful effects. Thus, it is inferred that the notion of exhaustion has the potential to displace subjects to a revolutionary becoming movement, which presumably would not be thought of as a 'possible' condition, using the Deleuzian nomenclature.
Keywords: precarious work; delivery app workers; exhaustion; Covid-19.
Resumen
Partiendo de la comprensión de que el proceso de precariedad se profundiza y se intensifica con la llamada uberización, este ensayo teórico discute las condiciones de trabajo de los repartidores de aplicaciones, categoría que marcó sus reclamos ante las vulnerabilidades amplificadas en el contexto de la pandemia de Covid-19. Reflexionando sobre estos movimientos, se plantea la noción de agotamiento como punto central de un análisis sociopsicológico del trabajo que correlaciona la dimensión macrosocial de la economía neoliberal con los efectos nocivos de la reestructuración productiva. Así, se infiere que la noción de agotamiento tiene el potencial de desplazar a los sujetos hacia un devenir revolucionario, lo que presumiblemente no sería concebido como una condición 'posible', utilizando la nomenclatura deleuziana.
Palabras clave: precarización del trabajo; repartidores de aplicaciones; agotamiento; Covid-19.
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Copyright (c) 2021 Julice Salvagni, Renato Koch Colomby, Cibele Cheron
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