Desconstrução de mitos homofóbicos no Exército Brasileiro e mapeamento de repercussões históricas a partir do testemunho “Soldados não Choram”

Deconstruction of homophobic myths in the Brazilian Army and historical repercussions on testimony “Soldados não Choram”

Authors

DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v10i2.39833

Keywords:

literatura de testemunho, direitos humanos, homofobia, ex´´ercito brasileiro

Abstract

In this article we interpret the 2008 testimony “Soldados não choram” in its relations with society, institutional politics and social movements that, in the 21st century, challenged traditional myths of masculinity. The military environment, portrayed in the text, presents itself as a complicated context for the couple of protagonists, soldiers who, when assuming their own homosexuality, faced numerous retaliations. The rigidity of formal, military, religious and family education also contributed to complicate the future of the protagonist Fernando who, based on his memories and experiences, describes the oppression of patriarchy in a global perspective and elaborates proposals for change towards a more humane, less violent, and democratic Brazil.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Matteo Gigante, Universidade de Lisboa, Portugal

Doutor em Estudos de Literatura e de Cultura – Estudos Portugueses e Românicos (especialidade em Estudos Brasileiros) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Portugal. Investigador do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa (CLEPUL).

References

ALCÂNTARA, Fernando e ARRUDA, Roldão (2008), Soldados não choram. São Paulo, Globo.

ALTHUSSER, Louis (1980), Ideologia e aparelhos ideológicos do estado. Lisboa, Presença.

BADINTER, Elisabeth (1993). XY: sobre a identidade masculina. Tradução de Maria Ignez Duque Estrada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.

BENELLI, Silvio José (2014). A lógica da internação: instituições totais e disciplinares (des)educativas. São Paulo, UNESP.

BOLÍVAR, Rubí C., ZALAQUETT, Catalina F. e MEJÍAS, Ainhoa V. (orgs.). (2020), Adiós a las armas. Despatriarcar América desde la cultura. Santiago de Chile, Taller de Letras.

BOURDIEU, Pierre (1999), A dominação masculina. Oeiras, Celta.

CARREIRAS, Helena (2004). “Diversidade Social nas Forças Armadas: Género e Orientação Sexual em Perspectiva Comparada”. Nação e defesa, n. 107, 2ª Série, pp. 61-88. [Consult. 27-12-2022]. Disponível em http://hdl.handle.net/10071/13813.

CONNEL, Raewyn e PEARSE, Rebecca (2017), Gênero: uma perspetiva global. São Paulo, nVersos.

D’ARAUJO, Maria Celina (2003). “Pós-modernidade, sexo e gênero nas Forças Armadas”.

Security and Defense Studies Review. v. 3, n. 1, pp. 70-108. [Consult. 27-12-2022]. Disponível em:

https://www.academia.edu/41613905/Pos_modernidade_sexo_e_genero_nas_Forcas_Armadas

DASSIN, Joan (1992), “Testimonial Literature and the Armed Struggle in Brazil”, in J.E. Corradi; P.W. Fagen e M.A. Garretón (orgs.). Fear at the Edge: State Terror and Resistance in Latin America. Berkeley, University of California Press, pp. 161-183.

GINZBURG, Jaime (2016). “Entrevista de João Camillo Penna, concedida a Jaime Ginzburg, em 2 de maio de 2016”. Teresa, n. 17. pp. 275-294. [Consult. 27-12-2022]. Disponível em http://www.revistas.usp.br/teresa/article/download/125614/124536/

GOFFMAN, Erving. (1974), Manicômios, prisões e conventos. São Paulo, Perspectiva.

GUASCH, Oscar (2006). Héroes, científicos, heterosexuales y gays. Barcelona, Bellaterra,

MENDES, Juliana Cavilha (2002). Histórias de quartel: um estudo de masculinidades com oficiais fora da ativa. Dissertação (Mestrado). UFSC, Florianópolis, 128 f.

MIELI, Mario. (1977), Elementi di critica omosessuale. Turim, Einaudi.

MISKOLCI, Richard. (2011), “Não somos, queremos – reflexões queer sobre a política sexual brasileira contemporânea”, in L. Colling (org.). Stonewall 40 + o que no Brasil?. Salvador, EDUFBA. pp. 37-56.

MOSSE, George L. (2000), La imagen del hombre: la creación de la moderna masculinidad. Madrid, Talasa.

PAVANELI, Aline e BARRETO, Helena (2018). “Concurso da PM do Paraná tem 'masculinidade' como critério em avaliação psicológica”. Globo do Paraná. [Consult. 28-12-2022]. Disponível em https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2018/08/13/concurso-da-pm-do-parana-tem-masculinidade-como-criterio-em-avaliacao-psicologica.ghtml

PLANALTO (1969), Decreto Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969. [Consult. 28-12-2022]. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1001.htm>.

QUINALHA, Renan (2019). “Os direitos LGBT sob o governo Bolsonaro”. Le Monde Diplomatique Brasil, ano 12, n. 143, pp. 4-5.

SOARES, Alexandre S. F. (2014), “Discurso do sujeito: a homossexualidade em textos jornalísticos contemporâneos”, in A.D.J. Ferreira (org.), Relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade: perspectivas contemporâneas. Ponta Grossa, UEPG, pp. 125-136.

SOARES, Douglas Verbicaro (2021). “Forças Armadas e discriminações à homossexualidade”. Revista Pensamento Jurídico, v.15, n.1. [Consult. 28-12-2022]. Disponível em http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/RPensam-Jur_v.15_n.1.11.pdf

SEFFNER, Fernando. (2011), “Composições (com) e resistências (à) norma: pensando corpo, saúde, políticas e direitos LGBT”, in L. Colling (org.). Stonewall 40 + o que no Brasil?. Salvador, EDUFBA. pp. 57-78.

STOCHERO, Tahiane (2012). “Exército corta aula de guerra antiga e foca terrorismo e conflito em cidades”. Globo. [Consult. 28-12-2022]. Disponível em

<http://www.eb.mil.br/web/imprensa/resenha/-/journal_content/56/18107/1984364;jsessionid=47AD70E50F5C8BEDAA9C719438DEBBD9.lr1?refererPlid=18115#.XG70oOj7TIU >.

VECCHIATTI, Paulo Roberto Iotti. (2018), “Mobilização judicial pelos direitos da diversidade sexual e de gênero no Brasil”, in J.N. Green; R. Quinalha; M. Caetano e M. Fernandes (orgs.). História do Movimento LGBT no Brasil. São Paulo, Alameda. pp. 449-470.

Published

20-08-2023

How to Cite

Gigante, M. (2023). Desconstrução de mitos homofóbicos no Exército Brasileiro e mapeamento de repercussões históricas a partir do testemunho “Soldados não Choram”: Deconstruction of homophobic myths in the Brazilian Army and historical repercussions on testimony “Soldados não Choram”. Simbiótica. Revista Eletrônica, 10(2), 210–237. https://doi.org/10.47456/simbitica.v10i2.39833