Acolhimento como ativismo: ações de um coletivo bissexual na criação de espaços “monodissidentes”

Autores

  • Helena Motta Monaco Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v7i3.33701

Resumo

Este artigo tem como objeto a atuação de um coletivo bissexual da cidade de São Paulo, tendo por objetivo explorar a bissexualidade enquanto organização política, em especial no que diz respeito à criação de espaços de acolhimento. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com doze ativistas, além de observação participante em uma atividade presencial e análise de documentos publicados pelo coletivo. Foi constatado que o coletivo adota uma política de biolegitimidade na medida em que reivindica direitos às pessoas bissexuais, afirmando a existência de um sofrimento que teria origem na bifobia que as vitimiza. Por sua vez, nas narrativas individuais, os interlocutores utilizam a noção de “descoberta da bissexualidade”, na qual encontrar acolhimento em uma comunidade bissexual aparece como um fator fundamental para a construção de uma identidade bissexual e para o combate ao sofrimento psíquico.

Palavras-chave: Bissexualidade; Monodissidência; Ativismo; Movimentos LGBTQIA+.

 

Abstract

The object of this article is the performance of a bisexual collective in Sao Paulo city, intending to explore bisexuality as a political organization, especially regarding the creation of welcoming spaces for bisexuals. The research was conducted through semi-structured interviews with twelve activists, as well as participant observation in one activity and analyses of documents published by the collective. It was found that the collective adopts a policy of biolegitimacy by claiming rights to bisexual people through the affirmation of the existence of a kind of suffering originated in biphobia which victimizes them. In their individual narratives, the interlocutors use the notion of a “discovery of bisexuality”, in which finding welcoming in a bisexual community appears as a fundamental factor for the construction of bisexual identity and the fight against psychological suffering.

Keywords: Bisexuality; Monodissidence; Activism; LGBTQIA+ Movements.

 

Resumen

Este artículo tiene como objeto la actuación de un colectivo bisexual en la ciudad de São Paulo, con el objetivo de explorar la bisexualidad como organización política, especialmente en lo que respecta a la creación de espacios de acogida. La investigación se realizó a través de entrevistas semiestructuradas con doce activistas, además de la observación participante en una actividad presencial y el análisis de documentos publicados por el colectivo. Se constató que el colectivo adopta una política de biolegitimidad en la medida en que reivindica derechos a las personas bisexuales afirmando la existencia de un sufrimiento que se originaría en la bifobia que las victimiza. A su vez, en las narrativas individuales, los interlocutores utilizan la noción de “descubrimiento de la bisexualidad”, donde encontrar acogida de una comunidad bisexual aparece como factor fundamental para la construcción de una identidad bisexual y la lucha contra el sufrimiento psicológico.

Palabras clave: Bisexualidad; Monodisidencia; Activismo; Movimientos LGBTQIA+.

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Biografia do Autor

Helena Motta Monaco, Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Brasil

Mestra em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Integrante do Núcleo de Antropologia do Contemporâneo.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

Monaco, H. M. (2020). Acolhimento como ativismo: ações de um coletivo bissexual na criação de espaços “monodissidentes”. Simbiótica. Revista Eletrônica, 7(3, jul.-dez.), 228–251. https://doi.org/10.47456/simbitica.v7i3.33701