“Não há negros na Argentina”: o mito da homogeneidade racial argentina

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DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v9i2.39249

Resumo

Este estudo combina aportes historiográficos com entrevistas para analisar a situação do racismo na Argentina a partir do questionamento da concepção popular da homogeneidade racial do país. A Argentina entende-se, a partir do mito da homogeneidade racial, como uma nação constituída fundamentalmente por herdeiros da imigração europeia e branca. Ideia estabelecida ao final do século XIX e fortalecida no início do século XX, mantendo-se até os dias atuais, a ponto de a principal demanda dos movimentos afro-argentinos no país ser o reconhecimento, quer dizer, a inclusão do autorreconhecimento racial no censo nacional. Para entender a situação atual e os possíveis caminhos a serem adotados pelos movimentos antirracistas argentinos, analisamos distintos elementos que constituem o mito da homogeneidade racial, o surgimento dos mesmos e sondamos as possíveis causas da sua permanência.

Palavras-chave Racismo; Argentina; Homogeneidade; Imigração

 

Abstract

This study combines historiographic contributions with interviews to analyze the situation of racism in Argentina with the intent of questioning the country's popular conception of racial homogeneity. Argentina seems to present a general consensus around the myth of racial homogeneity as a nation constituted fundamentally by European hers and white immigration. The idea was established at the end of the XIX century and was strengthened at the beginning of the XX century, persisting until today. The main demand of African-Argentinian movements in Argentina is recognition, meaning the inclusion of racial self-recognition in the national census. In order to understand the current situation and the possible paths to be taken by the movements, we analyse the different elements that constitute the myth of racial homogeneity, their emergence and probe the possible causes of their permanence.

Key-words: Racism; Argentina; Homogeneity; Inmigration.

 

Resumen

Este estudio combina aportes de la historiografía con entrevistas para analizar la situación racial de la Argentina a partir del cuestionamiento a la concepción popular de la homogeneidad racial en el país. La argentina se entiende a partir del mito de la homogeneidad racial como una nación constituida fundamentalmente por herederos de la inmigración europea blanca. Esta idea se estableció hacia finales del siglo XIX y fue fortaleciéndose durante los primeros años del siglo XX, al punto que se mantiene vigente aún en los días actuales. De hecho, la principal demanda de los movimientos afroargetinos es el reconocimiento, es decir, la inclusión del autorreconocimiento racial en el censo nacional. Para comprender la situación actual y los posibles caminos a seguir por los movimientos, analizamos los diferentes elementos que constituyen el mito de la homogeneidad racial, su surgimiento y sondeamos las posibles causas de su permanencia.

Palabras llave: Racismo; Argentina; Homogeneidad; Inmigración.

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Biografia do Autor

Guillermo Omar Orsi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Formado em Ciência Política pela Universidade de Buenos Aires – Argentina. Mestre e Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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Publicado

03-10-2022

Como Citar

Orsi, G. O. (2022). “Não há negros na Argentina”: o mito da homogeneidade racial argentina. Simbiótica. Revista Eletrônica, 9(2), 140–163. https://doi.org/10.47456/simbitica.v9i2.39249

Edição

Seção

Dossiê