Identidade deteriorada e estigma em Erving Goffman e o direito da antidiscriminação
diálogos necessários
DOI:
https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i3.47299Palavras-chave:
Estigma, Identidade, Reconhecimento, AntidiscriminaçãoResumo
O presente trabalho tem por objetivo geral o estudo dos conceitos e ideias desenvolvidos por Erving Goffman (1922-1982) sobre identidade deteriorada e estigma. Como objetivo específico pretendemos analisar e estudar de que forma o autor — e seus conceitos e teorias — dialogam com o estado da arte do Direito da Antidiscriminação. A partir desses paradigmas, pretendemos identificar como o afastamento do estigma e suas formas de estigmatização promovem as identidades pessoais e sociais dos indivíduos e dos coletivos, seu reconhecimento e sua resistência. Dessa forma, a ciência da antidiscriminação — inclusive no direito — pressupõe múltiplas ações que visem garantir que as minorias discriminadas e grupos estigmatizados estejam protegidos tenham suas identidades próprias a partir de processos de identificação pessoais, comunitários e coletivos
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