Corpos indígenas e a dupla face da vida nua

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v13i1.44947

Palavras-chave:

ética e filosofia política, Giorgio Agamben, vida nua, povos originários

Resumo

Com um passo que transborda a intenção primeira de Giorgio Agamben na configuração do conceito de vida nua, procura a presente investigação indagar se seria possível enxergar nele potencialidades. Algumas pistas deixadas pelo filósofo no decorrer da sua obra poderiam nos ajudar nesse processo de conversão. Uma delas alude ao modelo franciscano de uma vida fora do direito em Altissima povertà, que não deixa de ser uma vida que se pretende nua, assim como parece se irmanar com alguma experiência dos povos ameríndios. Em relação aos corpos dos povos originários do nosso país, uma primeira acepção de sua vida nua é que se trata de vida precária: os povos da floresta são na nossa realidade jurídica violenta os que mais estão expostos à morte. Em uma segunda acepção, porém, mais afinada com a ideia de se pensar outra vida nua, a nudez indígena filosoficamente considerada teria algo a nos ensinar.

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Biografia do Autor

Daniel Arruda Nascimento, Universidade Federal Fluminense

Professor da Universidade Federal Fluminense e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo. Bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense, Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2010), com período de pesquisa junto à Università IUAV di Venezia (Itália), sob a orientação do professor Giorgio Agamben, com bolsa da FAEPEX/UNICAMP. Pós-Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (2018). 

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Publicado

03-07-2024

Como Citar

Nascimento, D. A. (2024). Corpos indígenas e a dupla face da vida nua. Sofia , 13(1), e13144947. https://doi.org/10.47456/sofia.v13i1.44947