Chamada pública para Temporalis n.45 - primeiro semestre de 2023

05-09-2022

A Temporalis, entre os dias 10 de dezembro de 2022 e 10 de março de 2023, receberá artigos para edição de número 45, cujo tema é Capitalismo dependente, trabalho e resistências populares.

O fortalecimento de estudos e pesquisas sobre a formação econômico-social brasileira impulsiona a compreensão das particularidades na forma como o capitalismo se constitui no Brasil e possui implicações sobre a análise da formação da classe trabalhadora e seus processos de luta e de resistência. O complexo conjunto de relações que produz e reproduz historicamente as desigualdades demanda o esforço teórico-político de ir além da descrição dos fenômenos e das expressões da “questão social”.

Na realidade brasileira, há que se apreender a dinâmica contraditória e particular sobre a qual se assentam processos de alienação, superexploração, subsunção real do trabalho ao capital, expropriações e uma intricada rede de opressões costuradas no bojo do capitalismo dependente. Esse é o núcleo fundante da questão social e seu desenvolvimento no Brasil oculta relações sociais de produção que precisam ser desvendadas para robustecer estratégias coletivas voltadas para a superação histórica de seus determinantes fundamentais.

Diante da necessidade de alimentarmos essa tarefa, convocamos intelectuais e militantes do Serviço Social e áreas afins a contribuírem com o debate, socializando suas produções por meio da submissão de artigos para a edição número 45 da Temporalis. Apresentamos a seguinte ementa na intenção de apontar eixos para o tratamento da temática:

Imperialismo e dependência: passado e presente. Capitalismo dependente, “questão social” e formação da classe trabalhadora no Brasil. A articulação entre raça, gênero e classe nos processos que compõem as disputas pela produção e apropriação do valor no capitalismo dependente. Capital financeiro, financeirização e a reorganização das relações de trabalho. Reestruturações produtivas, inovações tecnológicas e uberização. Luta de classes, superexploração da força de trabalho, expropriações e opressões. Neoliberalismo, conservadorismo e resistências populares. O agravamento da crise com a pandemia e os fundamentos que sustentam a intensificação da concentração de renda e riqueza no Brasil e na América Latina. O racismo, a misoginia, a lgbtquiap+fobia e a negação da diversidade humana no controle da força de trabalho. A atualidade e a pertinência das ferramentas históricas de luta da classe trabalhadora para atuar na conjuntura. Os processos de trabalho de assistentes sociais e iniciativas de construção coletiva de resistências populares.

Comitê editorial da Temporalis