Trabalho e regresso: funcionalidade da informalidade à acumulação capitalista

Autores

  • Franciclézia Barreto Silva Docente DEC/UERN Doutoranda do IPPUR/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22422/2238-1856.2015v15n30p119-134

Resumo

Polêmico desde sua origem, o conceito de “setor informal” tem sido referência de diversas contribuições, algumas das quais obscureceram o entendimento das suas configurações no âmbito das economias nacionais. Da abordagem de “Setor”, a de “Economia informal”, análises foram desenvolvidas no campo acadêmico na tentativa de categorizar esse fenômeno e revelar sua natureza multiforme. Problematiza-se, no artigo, o presente momento histórico, em que a informalidade muito distante do desaparecimento, se tornou funcional ao capital, tem sido alvo de modos distintos de tratamento e adquirido novas expressões, com a emergência do paradigma flexível.

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Biografia do Autor

Franciclézia Barreto Silva, Docente DEC/UERN Doutoranda do IPPUR/UFRJ

Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestra em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Docente do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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Publicado

08-01-2016

Como Citar

Silva, F. B. (2016). Trabalho e regresso: funcionalidade da informalidade à acumulação capitalista. Temporalis, 15(30), 119–134. https://doi.org/10.22422/2238-1856.2015v15n30p119-134