AS PARTICULARIDADES DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO NOS MARCOS DO CAPITALISMO DEPENDENTE
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2018v18n35p29-45Resumo
O trabalho discute o desenvolvimento do ensino superior no Brasil, tendo como mediações a formação social e histórica e a revolução burguesa no país e seu caráter dependente. Trata-se de uma revisão bibliográfica que recupera o desenvolvimento histórico da universidade, marcado por uma “senilização institucional precoce” e demonstra como esta foi norteada por interesses de uma burguesia conservadora, que visa à manutenção de seus privilégios e da desigualdade social, com um “caráter ultra-elitista de educação superior”, de acordo com a análise de Florestan Fernandes. Assinala algumas tendências mais recentes na educação superior, que apontam para uma atualização do conservadorismo e da categoria de “reforma universitária consentida”. Por fim, aponta as possibilidades de construção de hegemonia da classe trabalhadora, visto ser a universidade um âmbito de disputa ideológica, no sentido de superar sua condição de subalternidade.