SERVIÇO SOCIAL, EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E QUESTÃO RACIAL: OS DESAFIOS DO ACESSO E PERMANÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2020v20n40p268-283Resumo
O presente artigo objetiva promover o debate sobre a educação profissional pública, no que se refere ao acesso dos estudantes negros e negras e a intervenção das e dos Assistentes Sociais neste espaço sócio-ocupacional. No passado, a educação profissional pública foi instituída de modo a atender aos filhos dos desfavorecidos, sendo que o acesso da população negra à educação profissional sempre foi ínfimo, segundo pesquisadores. Na atualidade, com a presença de políticas de ação afirmativa e de assistência estudantil o cenário se modifica; porém mesmo com tais políticas a desigualdade racial persiste, guardando elementos conservadores que operam para manutenção da ordem vigente. Uma realidade que emerge imbricando o racismo ao viés classista e sexista, típicos da formação social brasileira que se (re)atualiza continuamente, como se vê na disparidade no nível de instrução entre negros e não negros. Hoje, podemos observar que o acesso das/os estudantes negros e negras na educação profissional pública engloba aspectos conjunturais e estruturais, com contradições e antagonismos inerentes a dinâmica societária. Nesse cenário, as e os Assistente Sociais inseridos na educação profissional pública, que são demandados, cotidianamente, a atuar em manifestações da questão social, dentre as quais, se destaca a desigualdade racial, têm diante de si, um desafio cotidiano tendo em vista uma prática antirracista, não sexista e pautada na garantia de direitos.
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