DIVISÃO SÓCIO SEXUAL DO TRABALHO: NATURALIZAÇÕES SOCIAIS COMO ESTRATÉGIA DE MINIMIZAÇÃO DO ESTADO

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DOI:

https://doi.org/10.22422/temporalis.2020v20n40p215-232

Resumo

As mudanças no mundo do trabalho impactam na inserção de homens e mulheres no universo produtivo e reprodutivo o que faz perceber que há uma nítida e tradicional segregação quanto aos postos e condições de trabalho, mostrando, assim, uma desigualdade quanto às relações de gênero no que tange à ocupação dentro do universo do trabalho. Todavia, essa desigualdade não surge com o capitalismo, mas é nele que se intensifica, uma vez que é evidente como o trabalho feminino é satisfatório ao sistema produtivo, principalmente quando visto a naturalização da (in) visibilidade do trabalho reprodutivo, uma vez que não há por parte do Estado a proposição/elaboração de políticas sociais que garantam às mulheres a emancipação do seu lugar como normatizador junto à realização das atividades domésticas. É a partir desse anseio que o presente artigo se propõe a contribuir com o aprofundamento do debate acerca da divisão sócio sexual (e desigual) do trabalho em tempos de contrarreforma do Estado e, ainda, pensando em somar com a categoria dos/as assistentes sociais que é, majoritariamente, composta por mulheres. Como caminho metodológico, se caracteriza como uma pesquisa qualitativa e de cunho bibliográfica, a qual buscou aprofundar-se para que a essência do fenômeno estudado fosse revelada, sendo assim guiada pelo método crítico dialético. Portanto, é perceptível o quanto ainda é necessário o aprofundamento desse debate entre as categorias de gênero e classe (evidenciando a importância das questões de raça/etnia e orientação sexual), uma vez que a classe trabalhadora não é homogênea.

 

Palavras chave: Divisão Sócio Sexual do Trabalho; Relações de Gênero; Capitalismo.

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Biografia do Autor

Priscilla Brandão Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Bacharela em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN (2008.2); Especialista em Docência no Ensino Superior pela Universidade Potiguar - UNP (Natal/RN - 2011) e em Gestão Pública da Organização em Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF (2020); Mestra em Serviço Social e Direitos Sociais pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Doutoranda pelo PPGSS/UFRN. Possui experiência docente e em coordenação de estágio em Serviço Social pela Faculdade Católica Santa Teresinha - FCST e coordenação em pós graduação na área do Serviço social e políticas públicas; experiência profissional na política de assistência social (de 2009 a julho de 2019, atuando em CRAS e Vigilância Socioassistencial - coordenação e técnica de referência); principais categorias de estudo e pesquisa: assistência social, formação profissional, ética, Direitos Humanos Gênero, Diversidade Sexual e Trabalho. Participou como membro da Diretoria do Conselho Regional de Serviço Social - CRESS 14ª Região (Gestão 2015-2017). Experiência como conselheira do Conselho Municipal de Assistência Social de Caicó/RN (CMAS) e Professora Temporária na Escola Multicampi de Ciências Médicas - EMCM/UFRN (2014/2017). Foi Coordenadora da Vigilância Socioassistencial em Caicó/RN de Janeiro de 2016 a Junho de 2018, na oportunidade ganhou o prêmio na I Amostra de Experiência em Vigilância Socioassistencial em Brasília/DF. Atualmente é: Técnica/Assistente Social no Departamento de Habitação Social e Regularização Fundiária de Caicó/RN (afastada).

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Publicado

11-01-2021

Como Citar

Medeiros, P. B. (2021). DIVISÃO SÓCIO SEXUAL DO TRABALHO: NATURALIZAÇÕES SOCIAIS COMO ESTRATÉGIA DE MINIMIZAÇÃO DO ESTADO. Temporalis, 20(40), 215–232. https://doi.org/10.22422/temporalis.2020v20n40p215-232