A OFENSIVA DO CAPITAL E A NECESSÁRIA DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA E ESTATAL
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2022v22n43p72-89Resumo
O artigo tem como objetivo refletir sobre a incompatibilidade da consolidação do SUS enquanto sistema público e universal baseado nas necessidades em saúde, e sua relação direta com o setor privado de natureza mercantil. A partir da pesquisa bibliográfica e documental, demonstra como nessa relação, o setor privado se apropriou do fundo público e, com apoio estatal, exponenciou sua lucratividade, no período neoliberal e no pós-golpe de 2016, com a proeminência de entidades representativas do setor empresarial da saúde, fortalecendo seu projeto como hegemônico. Conclui propondo o resgate das posições originárias do movimento da reforma sanitária nos anos 1980 de antagonismo à mercantilização da saúde e de defesa de sua estatização, com a força mobilizadora que os coletivos que representam as classes subalternas têm para construir uma nova hegemonia, em um cenário em que a população vai precisar cada vez mais do SUS.
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