CONSIDERAÇÕES BENJAMINIANAS SOBRE ARTE, CULTURA E SERVIÇO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2023v23n45p363-378Resumo
A relação entre o serviço social e a arte é pensada, neste texto, a partir das concepções e constelações filosóficas elaboradas por Walter Benjamin na primeira metade do século XX. O ponto de partida escolhido é a perda, sob a consolidação do modo de produção capitalista, da experiência (Erfahrung) e da narração como forma artesanal de comunicação. O avanço das forças produtivas enquanto progresso técnico é visto pelo autor como pré-condição da experiência moderna vazia de sentido social e incomunicável. Por outro lado, é nestas mesmas condições que a obra de arte se emancipa do valor de culto, diluindo a distância entre a arte e o seu observador, e possibilitando o tensionamento do espaço político. No conjunto, essas considerações apontam para a atualização da função da arte no desenvolvimento da cultura na modernidade. Enquanto assistentes sociais comprometidos com a direção política da profissão, esses elementos nos colocam pontos de interrogação sobre como a arte pode ser captada pelo serviço social e fomentar as lutas sociais.
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