O REINO SUBMERSO DA SUPEREXPLORAÇÃO: PETRÓLEO E A "QUESTÃO SOCIAL" FLUMINENSE NO SÉCULO XXI
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2023v23n45p83-99Resumo
O artigo investiga as formas contemporâneas de superexploração da força de trabalho na indústria do petróleo instalada no Norte Fluminense, no estado do Rio de Janeiro (RJ). Para isso, foram analisados dados acerca das condições de trabalho dos petroleiros na Bacia de Campos, com base no referencial teórico-metodológico legado pela teoria marxista da dependência. Iniciou-se abordando a categoria de superexploração da força de trabalho e suas distintas formas de manifestação, bem como orientações para a sua análise em situações concretas. Em seguida, apresentou-se o papel da violência estatal no processo de reestruturação produtiva do Sistema Petrobras e na ampliação da terceirização da força de trabalho na empresa, resultando no aprofundamento das condições para superexplorar os trabalhadores. Por fim, foram apresentadas as formas de manifestação da superexploração no cotidiano da extração offshore de petróleo. Concluiu-se que durante a consolidação e o auge do padrão de reprodução do capital exportador de especialização produtiva no RJ, foram utilizados distintos e combinados mecanismos para ampliar a jornada de trabalho dos petroleiros e intensificar o seu trabalho para além das condições normais de sua reprodução social, expressando-se na reiterada ocorrência de acidentes de trabalho e no seu adoecimento psíquico.
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