TICs e Política Social: entre o pessimismo da razão e o esperançar
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n48p206-222Palavras-chave:
Tecnologias de informação e comunicação – TICs, Ensino a distância – EaD, Benefício de Prestação Continuada – BPC, Educação popularResumo
Este artigo analisa a relação entre as tecnologias da informação e da comunicação – TICs e a esfera da política social, com enfoque em seus efeitos na educação superior, enfatizando o ensino a distância – EaD, a relação entre internet e o acesso ao Benefício de Prestação Continuada – BPC e as TICs como elemento de contribuição para a educação popular. A partir da indagação sobre o quanto a transversalidade das TICs nas políticas sociais colaboram para a potencialização dos direitos humanos e sociais e sobre a contribuição destas para a educação popular, realizou-se pesquisas bibliográfica e documental, sendo a pesquisa de campo executada por meio da pesquisa-ação. Com base na teoria crítica é perceptível que o capital instrumentaliza as TICs para os seus próprios interesses, daí ser fundamental não cair na armadilha sobre a neutralidade das TICs apresentadas como meros instrumentos de trabalho, livres de viés. Importa ainda considerar a diversidade do público quando as TICs são elementos mediatizadores da relação entre usuários e instituições públicas, principalmente quando se trata daqueles que possuem perfil diferente ao idealizado pelos formuladores das estratégias de modernização. Por fim, considera que as redes sociais podem contribuir com a organização da classe trabalhadora. Mas, para tal, é preciso ter um projeto político engajado e resistir ao pessimismo e esperançar. Este trabalho é fruto de pesquisa de iniciação científica sobre TICs e Políticas Sociais, realizada entre 2023 e 2024.
Downloads
Referências
BRASIL. Portal da Transparência. Benefícios ao Cidadão: painel gráfico. 2023. Disponível em: https://portaldatransparencia.gov.br/beneficios?ano=2023. Acesso em: 05 set. 2024.
CETIC.BR. TIC Domicílios. Disponível em: https://cetic.br/pesquisa/domicilios/. Acesso em: 1 set. 2024.
DANTAS, Vera Lúcia; LINHARES, Angela Maria Bessa. Círculos de Cultura: problematização da realidade e protagonismo popular. In: BRASIL. Ministério da Saúde. II Caderno de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
ENGELS, Friederich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo 2010.
FIGUEIREDO, Allan Diêgo Rodrigues; SILVA, André Gustavo Ferreira da. Reflexões em torno dos círculos de cultura na perspectiva freireana: um espaço-tempo de comunicar-formar sujeitos sociais. Comunicação & Educação, v. 26, n. 2, p. 165–178, 2022.
FIGUEIREDO, Kênia Augusta; COGOY, Eliana Mourgues. A comunicação pública e a cultura: transversalidades para o trabalho da/o assistente social. In: JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 9., São Luís, MA, 2023.
FILGUEIRAS, Vitor; ANTUNES, Ricardo. Plataformas digitais, uberização do trabalho e regulação no capitalismo contemporâneo. Revista Contracampo, v. 39, n. 1, 17 abr. 2020.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Portal de Dados Abertos. Disponível em: https://dados.gov.br/dados/organizacoes/visualizar/instituto-nacional-do-seguro-social. Acesso em: 1 set. 2024.
JUS BRASIL. 2023. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-deficit-de-servidores-do-inss/1715794968#:~:text=Hodiernamente%2C%20at%C3%A9%20janeiro%20de%202022,de%2019.687%2C%20e%2037.768%20aposentados. Acesso em: 05 set. 2024.
MESZÁROS, István. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo, 2011.
NASCIMENTO, Alberico Francisco do. Educação a distância e fetichismo tecnológico: Estado e capital no projeto de ensino superior no Brasil. Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, 2011.
SILVA, Antônio Israel Carlos da. Crítica à concepção ideopolítica atribuída as TICs no capitalismo. Argumentum, v. 9, n. 3, p. 154–165, set./dez. 2017.
STOPA, Roberta. O direito constitucional ao Benefício de Prestação Continuada (BPC): o penoso caminho para o acesso. Serviço Social & Sociedade, n. 135, p. 231–248, maio 2019.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Temporalis
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.