Serviço Social, Tecnologia e Racionalização: desafios postos ao exercício profissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n48p64-78

Palavras-chave:

Tecnologia, Racionalização, Hegemonia do capital, Serviço Social

Resumo

Este artigo aborda a relação entre Serviço Social, tecnologia e racionalização, destacando as contradições e disputas resultantes das mudanças provocadas pela dinâmica da acumulação de capital no atual estágio de desenvolvimento das forças produtivas. Para compreender este ensaio, apresentamos inicialmente algumas considerações sobre a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no Serviço Social, seguidas de reflexões acerca da relação entre racionalização e hegemonia do capitalismo. Posteriormente, analisamos as possibilidades oferecidas ao Serviço Social no contexto da disseminação da racionalização tecnológica diante da superacumulação de capital e da ampliação da pobreza. Consideramos que este processo adquire centralidade no exercício profissional dos Assistentes Sociais, o que torna imprescindível a reflexão sobre suas contradições.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renato dos Santos Veloso, Universidade Estadual do Rio de Janeiro -UERJ

Assistente Social. Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil). Docente na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. (UERJ, Rio de Janeiro, Brasil). E-mail: rsveloso@gmail.com

Vânia Morales Sierra, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Socióloga. Doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (IUPERJ, Rio de Janeiro, Brasil). Docente na da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, Rio de Janeiro, Brasil). E-mail: vaniasierra@gmail.com

Referências

AKAKPO, Y. Science et reconaissance: entre la puissance et la solidarité. Paris: Presence Africaine, 2016.

ANTUNES, R. (org.) Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo: Boitempo, 2020.

BARBOSA, R. N. de C. Trabalho e mediação digital: captura de tempo e erosão de direitos. In: MAURIEL, A. P. O. et al. Crise, ultraneoliberalismo e desestruturação de direitos. Uberlândia: Navegando, 2020. p. 60–104.

BECK, U. Sociedade de risco: rumo a outra modernidade. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social. Petrópolis, Vozes, 1998.

GRAMSCI, Antonio. Americanismo e fordismo. São Paulo: Hedra, 2008.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

HAN, B. Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2017.

HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural: Acumulação flexível – transformação sólida ou reparo temporário. Edições Loyola, São Paulo, 1992.

HUWS, U. A formação do cibertariado: trabalho virtual em um mundo real. São Paulo: Editora Unicamp, 2017.

IAMAMOTO, M. V. A formação acadêmico-profissional no Serviço Social brasileiro. Serv Soc. Soc., v. 120, p. 608–639, out. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0101-6628.001. Acesso em: 29 out. 2024.

IAMAMOTO, M. V. Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.

IANNI, O. A Ditadura do Grande Capital. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2019.

LÖWY, M. A Jaula de aço: Max Weber e o marxismo weberiano. São Paulo: Boitempo, 2005.

LUKÁCS, G. História e Consciência de Classe: estudos sobre a dialética marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

MARX, K. Terceiro Manuscrito. 2007. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/marx/1844/manuscritos/cap06.htm. Acesso em: 29 out. 2024.

MÉSZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Editora da UNICAMP; Boitempo Editorial, 2002.

NETTO, J. P. O Movimento de Reconceituação: 40 anos depois. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 84, 2005.

SANTOS, L. G.; FERREIRA, P. A regra do jogo: desejo, servidão e controle. In: VILLARES, Fábio (org.). Novas mídias digitais (audiovisual, games e música): impactos políticos, econômicos e sociais. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. p. 85–104.

SANTOS, L. G. A informação após a virada cibernética. In: Revolução tecnológica, internet e socialismo. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

SANTOS, L. G.; SILVA, R. A.; FERREIRA, P. P. Do gorila amestrado de Taylor ao macaco de Nicolelis. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p. 551–561, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1981-77462010000300013. Acesso em: 29 out. 2024.

VIRILIO, P. Velocidade e Política. São Paulo, Estação da Liberdade, 1996.

WALLERSTEIN, I. M. Análisis de sistemas-mundo: una introducción. México: Siglo XXI, 2005.

VELOSO, R. O lugar das tecnologias da informação e comunicação no Serviço Social. In: VASCONCELOS, A. M.; ALMEIDA, N. L. T. de; VELOSO, R. Serviço Social em tempos ultraneoliberais. Uberlândia: Navegando, 2021.

Downloads

Publicado

23-12-2024

Como Citar

Veloso, R. dos S., & Morales Sierra, V. (2024). Serviço Social, Tecnologia e Racionalização: desafios postos ao exercício profissional. Temporalis, 24(48), 64–78. https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n48p64-78