A determinação social da consciência: classe, raça e gênero na formação social brasileira
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2025v25n49p207-221Palavras-chave:
Classes Sociais, Marxismo, Raça, GêneroResumo
Este artigo investiga a contradição expressa na adesão de setores da classe trabalhadora a projetos políticos que se opõem à sua própria condição de classe, raça e gênero. A análise parte da formulação de Marx e Engels sobre a determinação social da consciência, destacando como as representações ideológicas estão entrelaçadas com a realidade material. Em seguida, com base em formulações teóricas do pensamento social brasileiro, examinamos os processos históricos da formação do capitalismo no País, evidenciando que a consciência social hegemônica pode ser compreendida à luz das características autocráticas, racistas e sexistas forjadas pelo pacto conservador que sustenta as bases econômicas, sociais e políticas da formação social brasileira.
Downloads
Referências
BHATTACHARYA, Tithi. Como não deixar a classe de lado: reprodução social do trabalho e a classe trabalhadora global. In: MACHADO, Bárbara A.; SOUZA, Flávia F. de (org.). Gênero, Raça e Reprodução social: teoria e história para uma perspectiva ampliada da classe trabalhadora. São Paulo: Usina Editorial, 2022.
CORATO, Carmem. Capitalismo, racismo e conservadorismo: análise crítica das particularidades da formação social brasileira. 2022.Tese (doutorado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Serviço Social, Programa de Pós-graduação em Serviço Social, 2022.
CARNEIRO, Henrique S. As raízes do neofascismo no século XXI [Introdução]. In: TROTSKY, Leon. Como esmagar o fascismo. São Paulo: Autonomia Literária, 2018.
DURIGUETTO, M. L.; SOUZA, A. R; SILVA, K. N. Sociedade civil e movimentos sociais: debate teórico e ação prático-política. Revista Katálysis, Florianópolis v. 12, n. 1, p. 13–21 jan./jun. 2009. DOI https://doi.org/10.1590/S1414-49802009000100003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rk/a/vv5gPwkG7hr8czqp3YcyHMk/. Acesso em: 21 jun. 2025.
FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente e luta de classes na América Latina. 9. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.
IASI, Mauro L. Ensaios sobre consciência e emancipação. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
IASI, Mauro L. “Alienação e ideologia: a carne real das abstrações ideais”. In: Marcos Del Roio (org.). Marx e a dialética da sociedade civil. Marília SP: Cultura Acadêmica, 2014. v. 1. p. 95–124.
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
GRESPAN, Jorge. Marx e a crítica do modo de representação capitalista. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2019.
LUKÁCS, Gyõrgy. Para uma ontologia do ser social I. São Paulo: Boitempo, 2012.
MATTOS, Marcelo B. Governo Bolsonaro: Neofascismo e autocracia burguesa no Brasil. In: RELAÇÕES INTERNACIONAIS: 2022, pp. 025-039.
MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. 2.ed., São Paulo: Expressão Popular, 2008.
MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2010.
MARX, Karl. O 18 brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política: Livro III: o processo global da produção capitalista. São Paulo: Boitempo, 2017.
MARX, Karl. Cadernos de Paris & Manuscritos econômico-filosóficos de 1844. São Paulo: Expressão Popular, 2015.
MOURA, Clóvis. Escravismo, colonialismo, imperialismo e racismo. Afro-Ásia, Salvador, n. 14, 1983.
MOURA, Clóvis. O racismo como arma ideológica de dominação I. Lutas Sociais, São Paulo, v. 27, n. 50, p. 61–73, jan./jun. 2023. DOI: https://doi.org/10.23925/ls.v27i50.69808. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/69808. Acesso em: 21 jun. 2025.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um Racismo Mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
QUIJANO, A. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. In: LANDER, Edgardo (org.). Perspectivas latino-americanas. CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. Set. 2005. (Colección Sur Sur)
SOUZA, Jessé. O pobre de direita: a vingança dos bastardos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2024.
TSE – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. 21 Dias de Ativismo: sub-representatividade feminina no poder traduz peso da violência política contra a mulher. TSE, Notícias, dez. 2023. Disponível em: https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Dezembro/21-dias-de-ativismo-sub-representatividade-feminina-no-poder-traduz-peso-da-violencia-politica-contra-a-mulher. Acesso em: 02 mar. 2025.
WORLD INEQUALITY DATABASE. Wealth inequality in the world. 2055. Disponível em: https://wid.world. Acesso em: 22 jun. 2025.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Temporalis

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
