Diretrizes curriculares do Serviço Social, debate étnico-racial e os desafios contemporâneos para uma formação emancipatória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22422/temporalis.2025v25n49p44-54

Palavras-chave:

Debate étnico-racial, Racismo, Política de Ação Afirmativa

Resumo

Este artigo tem o objetivo de refletir sobre o lugar que ocupa o debate público e acadêmico das relações étnico raciais na formação e no exercício profissional dos Assistentes Sociais. Esse debate tem caráter pedagógico junto aos profissionais, pesquisadores/as e discentes por meio de reflexões relacionados à raça, etnia, racialização, formação racial, racismo, mito da democracia racial, engajamento antirracista e negritude como possibilidade emancipadora. Na atualidade, a categoria profissional colocou na sua agenda política o tema da questão racial, essencial para a análise econômica, política, social e cultural da sociedade brasileira, e isso configura-se como um relevante ativo quando se almeja articular estratégias e transformar práticas e discursos políticos na construção de projeto societário inclusivo e democrático.

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Biografia do Autor

  • Maria Zelma de Araújo Madeira, Universidade Federal do Ceará - UFC

    Assistente Social. Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC, Benfica, Brasil). Docente do curso de graduação em Serviço Social e do Mestrado Acadêmico em Serviço Social, Trabalho e Questão Social da Universidade Estadual do Ceará (UECE, Fortaleza, Brasil) e Coordenadora do Laboratório de estudos e pesquisa em Afrobrasilidade, Gênero e Família na Universidade Estadual do Ceará (NUAFRO/UECE, Fortaleza, Brasil) e Secretaria da Igualdade Racial do Ceará – (SEIR, Fortaleza, Brasil). E-mail: zelma.madeira@uece.br

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Publicado

30-06-2025

Como Citar

Diretrizes curriculares do Serviço Social, debate étnico-racial e os desafios contemporâneos para uma formação emancipatória. (2025). Temporalis, 25(49), 44-54. https://doi.org/10.22422/temporalis.2025v25n49p44-54