PERFIS DE ORFEU NA POESIA BRASILEIRA RECENTE

Autores

  • Antônio Donizeti Pires Universidade Estadual Paulista/Araraquara

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.8243

Resumo

RESUMO: Muitos são os atributos que perfazem o ciclo mítico de Orfeu, o mais importante dos poetas lendários da Grécia antiga: ele, além de amante devotado (pois desceu ao Hades em busca da amada Eurídice) e protótipo de poeta lírico (em termos ideais platônicos), teria sido o fundador do culto de mistérios que leva seu nome, o orfismo. Tema recorrente na literatura e nas artes ocidentais, sobretudo a partir das obras dos latinos Ovídio e Virgílio, o mito de Orfeu, em seus aspectos mítico-poéticos, vinca a poesia brasileira desde a Colônia e atinge inusitada voga a partir dos anos 40/50 do século XX, quando pode encharcar-se de certos aspectos místico-religiosos (Jorge de Lima; Murilo Mendes; Dora Ferreira da Silva). Na contemporaneidade, os perfis de Orfeu continuam seu périplo pela poesia brasileira, em obras recentes de Adriano Espínola (Praia provisória, 2006), Geraldo Carneiro (Balada do impostor, 2006) ou Rodrigo Petronio (Venho de um país selvagem, 2009). A partir de tais obras tentar-se-á dar um corpo (embora metamórfico) ao contraditório Orfeu.

PALAVRAS-CHAVE: Adriano Espínola – Praia provisória. Geraldo Carneiro – Balada do impostor. Rodrigo Petronio – Venho de um país selvagem. Poesia e mito. Orfeu e orfismo.

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Publicado

10-06-2013

Edição

Seção

Artigos (Dossiê)