A margem da Poética
Resumo
Arthur Bispo do Rosario não era um rei, um bispo ou uma oração. No entanto, bateu à porta de uma igreja carioca na véspera do Natal de 1938 para se apresentar como o "rei dos reis", cuja máxima autoridade de santificar, ensinar e governar haveria de rezar os seus mistérios' até o encontro definitivo com Deus. Naquele mesmo 24 de dezembro, a polícia civil chamada pelos frades do Mosteiro de São Bento o encaminhou ao Hospital Nacional dos Alienados. Expropriado dos pertences pessoais, despido, asseado, uniformizado e medicado, foi então retirado da sociedade como louco. Quarenta e quatro anos depois de vida manicomial, artistas plásticos chamados pelos psiquiatras da Colônia Juliano Moreira' incluíram algumas das peças confeccionadas por Bispo em uma mostra coletiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Conceitualmente apropriado, investido, assediado, classificado e criticado, passou então a ser recolocado na sociedade como artista. [...]
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