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Artigos
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Modernismos no Brasil ao longo do século XX
O presente dossiê visa reunir pesquisas que problematizem o modernismo como conceito que se fixou para designar o período inaugurado com a Semana de Arte Moderna em 1922. O evento, mais do que um ponto de partida, converteu-se em referência de conformidade e aglutinação de forças que vinham se constituindo entre intelectuais desde a segunda metade da década de 1910. Neste dossiê, não restringimos a interpretação do modernismo ao movimento efetuado pelos paulistas, que teriam transformado os campos artísticos de outros estados brasileiros em meros receptáculos de ideias. Deve ser destacado que essa narrativa hegemônica foi empreendida por parte da elite intelectual nas décadas seguintes ao evento e é fundamental reconhecer que as expressões artísticas, ditas regionais, já haviam incorporado novos temas, linguagens e estéticas em suas produções. Diferenças e divergências no interior dos modernismos foram demonstradas por rupturas e continuidades mais ou menos explícitas como, por exemplo, discordância de opiniões em relação à construção das nacionalidades brasileiras, possibilidade de “deglutir” as influências estrangeiras ou decreto do “jejum” não colonial. Com base nessas provocações iniciais, este dossiê pretende ser um espaço para apresentação de pesquisas voltadas para os diversos modernismos existentes no Brasil, seja dos diferentes campos do conhecimento (ciências sociais e humanas, artes visuais, arquitetura, literatura, teatro e música etc.), seja das diferentes perspectivas e subjetividades historicamente invisibilizadas (de mulheres, pessoas negras, LGBTQIAPN+, quilombolas, sujeitos do campo, indígenas ou outras que reivindiquem sua voz).
Imaginando a Nação: a Intelectualidade brasileira no Longo Século XIX
Foi bastante acertada a escolha de Isabel Lustosa para o título de sua obra dedicada à trajetória de Hipólito José da Costa. Ao referir-se ao seu biografado como “o jornalista que imaginou o Brasil”, a autora não só nos presentou com uma narrativa impecável sobre um dos mais influentes redatores de jornais de sua época, como também nos incitou a pensar como a intelectualidade luso-brasileira imaginava o que viria a ser o Brasil.
A dimensão imaginativa aparece em franco diálogo com os estudos de Benedict Anderson sobre as comunidades políticas imaginadas, intrinsicamente ligadas à noção de pertencimento. Afinal, Hipólito José da Costa passou mais da metade da sua vida fora do Brasil, o que não o impediu de escrever sobre e para o Brasil. Assim como o jornalista exilado em Londres, outras vozes e perspectivas também contribuíram para identificar o que Cecília H. de Salles Oliveira chamou de “tangibilidade da nação” – uma identidade “brasileira” que, lentamente, ia sendo forjada como diversa, embora originária, da portuguesa.
Esse dossiê intenta reunir estudos sobre diferentes vozes da intelectualidade “brasileira” que, sobretudo no século XIX, procurou imaginar o Brasil. Vozes essas que entendemos plurais, incluindo mulheres, afro-americanos, indígenas e outros grupos historicamente silenciados, que a despeito de sua marginalização política e social, também pensaram e forjaram alternativas de futuro para o Brasil.
Buscamos, portanto, pesquisas que explorem os debates sobre identidade nacional, filosofia política, literatura, ciência e muito mais. Consideramos tanto as convergências quanto as divergências de pensamento, destacando como essa intelectualidade diversa ajudou a fundar, de maneira complexa e multifacetada, a brasilidade. Para tanto, este dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores da História, Literatura, Ciências Sociais e Políticas, além de outros campos de saber correlatos, a contribuírem com suas análises sobre a intelectualidade do século XIX que imaginou o Brasil.
Organizadores: Dr. Arthur Ferreira Reis (UFES) e Dra. Cecilia Siqueira Cordeiro (UnB).
Prazo de recebimento de artigos: 15 de maio de 2024.
A escravidão moderna e as instituições luso-brasileiras entre os séculos XVII e XIX
Após algum tempo de arrebatadas discussões sobre ser ou não a violência o elemento estrutural da dominação escravista, um grupo de historiadores, composto por brasileiros e por alguns brasilianistas, dedicados à compreensão de diferentes facetas do cotidiano de africanos e descendentes que viveram como escravos na antiga colônia lusa da América e depois no Império do Brasil, empreendeu numerosos estudos marcados por abordagens que privilegiaram análises bastante definidas espaço-temporalmente, nas quais o escravo acabou por assumir, via de regra, um papel preponderante sobre a própria escravidão. Salvo algumas exceções, a documentação cartorial, policial e judiciária relativa aos cativos foi frequentada mais como um meio de se chegar ao dia a dia dos envolvidos do que propriamente para o estudo do aparato estatal que lhe conferia forma e legalidade.
Mais recentemente, no entanto, ao longo das últimas duas décadas, mesmo se considerarmos que os estudos localizados ainda tenham alcançado uma expressão considerável, assistiu-se no Brasil, no Caribe e nos Estados Unidos a um renovado interesse pelas macroabordagens, tanto na publicação de novas pesquisas, quanto na produção de traduções de obras consagradas – que colocaram à disposição de um número mais amplo de interessados questões que ficaram, por algum tempo, relegadas a segundo plano, esquecidas sob a pecha de grandes generalizações de caráter ideológico, economicista ou culturalista. Aos poucos, a história da escravidão moderna vem sendo, no Brasil e no exterior, novamente interpretada à luz de histórias conectadas no espaço americano, na perspectiva atlântica, sob o prisma do império português e no âmbito da própria cultura ocidental.
Colocando-se a um só tempo como tributário e crítico desses amplos movimentos historiográficos, este dossiê temático pretende abrir espaço a um conjunto novo e vibrante de estudos que vem articulando o problema da escravidão de africanos e descendentes à construção ou ao funcionamento de instituições que compuseram a Monarquia lusa e o Estado do Império do Brasil entre os séculos XVII e XIX. Assim, serão bem-vindas investigações em torno dos impactos da escravidão sobre instituições ligadas aos governos monárquicos e ao próprio Estado, tais como: os Tribunais Seculares e Episcopais, o Santo Ofício, os Conselhos Administrativos e Consultivos, as Assembleias, as Câmaras Administrativas e Parlamentares, a Polícia, o Júri, dentre outros órgãos que, neste amplo lapso temporal, contribuíram por meio de suas práticas e de seus membros para o estabelecimento do longo debate sobre o binômio Escravidão e Estado no mundo luso-brasileiro. Interessam, ainda, estudos que explorem as prescrições e os atributos conferidos à escravidão ou às condutas cotidianas de senhores, escravos e libertos por instituições nesses séculos. Acreditamos que jogar luz sobre tais abordagens possa trazer novos aportes e discussões instigantes para o debate sobre um tema que, no último meio século, primou pela polêmica e por constantes renovações interpretativas, com impactos sobre a escrita da história no Brasil e no exterior.
Organizadores: Dr. Ricardo Alexandre Ferreira (UNESP), Drª. Monique Marques Nogueira Lima (UNESP) e Drª. Larissa Biato de Azevedo (UNESP)
Prazo de recebimento de artigos: 31 de julho de 2024.
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