Submissões

O cadastro no sistema e posterior acesso, por meio de login e senha, são obrigatórios para a submissão de trabalhos, bem como para acompanhar o processo editorial em curso. Acesso em uma conta existente ou Registrar uma nova conta.

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.
  • A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra revista.
  • O arquivo da submissão está em formato Microsoft Word, OpenOffice ou RTF.
  • O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico em vez de sublinhado (exceto em endereços URL); as figuras e tabelas estão inseridas no texto, não no final do documento na forma de anexos.
  • O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para Autores, na página "Submissão".
  • Anexou-se relatório antiplágio pela copyspider disponível em http://www.copyspider.com.br/main/ . (O relatório deve mostrar que o artigo possui no máximo 3 % de similaridade com outros arquivos ou apresentar justificativa caso seja maior que 3%).
  • Constam todas as informações relativas ao manuscrito (Título, palavras-chave, idioma e resumo, em Português, Inglês e Espanhol) no sistema do periódico.
  • O texto do artigo contém no mínimo 26.400 caracteres e no máximo 66.000 caracteres (sem espaço).
  • O texto encontra-se desidentificado, isto é, a identidade do autor não está explícita ou implicitamente citada.
  • No cadastro do(s) autor(es) informou-se o ID Orcid.

Diretrizes para Autores

Boas práticas de editoriais

Neste periódico, busca-se o atendimentos de boas práticas editoriais recomendadas pelo COPE - Committee on Publication Ethics .

Diretrizes sobre os textos

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores. A contribuição deve ser original e inédita, e não pode estar sendo avaliada para publicação por outra revista. O artigo ou resenha deve obrigatoriamente estar desidentificado, isto é, sem a menção de autoria.

Seções da Revista Ágora

1) Artigos gerais

2) Artigos em dossiês

Ágora recebe propostas de dossiês que atendam as seguintes diretrizes editoriais:

  • com um ou dois proponentes, ambos doutores, especialistas reconhecidos na temática do Dossiê e oriundos de instituições diferentes, preferentemente uma delas estrangeira;
  • as propostas devem ser encaminhadas em português, inglês, espanhol ou francês;
  • as propostas devem ser encaminhadas para o e-mail da revista (revistaagoraufes@gmail.com), contendo:
    1. Título do Dossiê e vinculação institucional dos editores proponentes;
    2. Apresentação da proposta (2 a 4 parágrafos);
    3. todos os textos propostos para o dossiê devem ser inseridos pelos próprios autores na página da Revista e no dossiê correspondente;
    4. a aprovação dos dossiês fica reservada ao Conselho Editorial, cujo resultado será comunicado aos proponentes/organizadores tão logo a decisão seja deliberada.

3) Resenhas de livros

4) Transcrições de documentos

Orientações Gerais

1. Formato dos textos

Os originais deverão ser digitados em Word for Windows, fonte Times New Roman 12, espaçamento 1,5, espaçamento entre parágrafos de 6pt,  formato A4, com margens superior e inferior, direita e esquerda de 2,5 cm. Os artigos terão a dimensão mínima de 26.400 caracteres e no máximo 66.000 caracteres (sem espaço), incluídas bibliografia e notas de rodapé. As resenhas devem versar sobre livros cuja primeira publicação na língua original não seja superior a três anos. As resenhas terão a dimensão mínima de 600 palavras e máxima de 2.000 palavras.

2. Número de autores

Serão aceitos artigos com, no máximo, quatro autores. Para submeterem um artigo, os autores deverão possuir, no mínimo, a condição de mestrandos.

3. Originalidade

As contribuições devem ser originais e inéditas. Alternativamente, aceita-se contribuição autorizada em língua portuguesa de artigos publicados originalmente em língua estrangeira.

4. Resenhas

As resenhas devem versar sobre livros cuja primeira publicação na língua original não seja superior a três anos. As resenhas terão a dimensão mínima de 600 palavras e máxima de 2.000 palavras.

Na parte do resumo exigido na plataforma da Ágora, o autor deve preencher seguindo o modelo (em português, inglês e espanhol): 

  • Resenha de: PEZÉ, W.; ROJAS, D. R. (eds.). International recognition: a historical and political perspective. Tübingen (DE): Mohr Siebeck, 2022. 260 p.

Na plataforma da Ágora, o autor deve inserir pelo menos três palavras-chave em português, inglês e espanhol.

As resenhas devem:

  • Possuir título diferente do título da obra resenhada.
  • Sintetizar as ideias centrais da obra.
  • Apresentar a perspectiva metodológica e, quando for o caso, os preceitos teóricos que o Autor adota para desenvolver as ideias centrais do livro.
  • Situar a posição da obra no campo acadêmico em que se inscreve, mencionando, se possível, seus principais Autores e críticos.
  • Realizar um balanço crítico dos três pontos anteriores.
  • Apresentar as referências no fim do texto.

5. Antiplágio

No momento de envio do manuscrito, é Obrigatória a verificação de indícios de plágio através do Software CopySpider, disponível em http://www.copyspider.com.br/main/ , e o envio do relatório que mostre que o artigo possui no máximo 3 % de similaridade com outros arquivos  (e justificativa caso seja maior que 3%).

6. Manuscritos

Todas informações relativas ao manuscrito (Título, palavras-chave, idioma e resumo, em Português, Inglês e Espanhol) deverão ser preenchidas no sistema da Revista pelo autor correspondente no ato da submissão. Também é exigido o preenchimento de todos campos relativos aos coautores: Nome Completo, E-mail, lattes (apenas brasileiros), Orcid, Instituição/Afiliação e Biografia resumida . Todos autores devem possuir cadastro.

Com o objetivo de reduzir os custos de publicação, solicitamos aos autores que procedam à revisão ortográfica e gramatical do material a ser apresentado. Nesse sentido, a ausência de revisão detectada pelo Conselho Consultivo e/ou pelo Conselho Editorial será motivo para recusa do texto em questão.

Expressões em língua estrangeira e títulos de obras devem ser digitados em itálico, evitando-se assim o uso do negrito e reservando-se as aspas para citações de outros autores.

As ilustrações deverão ser digitalizadas em .jpg ou .png, com resolução entre 100 e 150 dpi e inseridas no corpo do próprio texto. Observe-se que as mesmas devem apresentar título, posicionado acima da imagem (Ex.: Figura 1 - Mosaico encontrado na cidade de Antioquia, século IV), e abaixo desta, a fonte (Fonte: Autor. Título da obra. Cidade: Editora: 2016. p. 5).

7. Resumo

Logo abaixo do título, deverá ser feito um resumo informativo em português, com versões em inglês e  espanhol (incluído o título), explicando o assunto principal do artigo. Convém que os resumos tenham 100 a 150 palavras.

8. Palavras-chave

Após cada resumo, serão mencionadas três palavras-chave em português, três em inglês e três em espanhol. Devem ser separadas uma das outras por ponto e vírgula (;) e finalizadas com um ponto (.) São grafadas com as iniciais em letra minúscula, à exceção de substantivos próprios e nomes científicos.

9. Sobre as citações

A Revista Ágora baseia-se na NBR 6022/2018 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para organização das citações. Neste sentido, o corpo editorial decidiu pelas seguintes regras de citação:

  • Citações no corpo do texto devem ser digitadas entre aspas. Citações acima de três linhas devem compor um novo parágrafo, com recuo de 4 cm à direita e fonte Times New Roman 10, espaçamento 1,5. 
  • As remissões bibliográficas são postadas em nota de rodapé, de acordo com regras da ABNT (NBR 6023), como se segue:
  1. Livros: ARIÈS, P. O tempo da história. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. p. 56.
  2. Livros eletrônicos: DÂNGELO, N.; SOUSA, S. S. G. (org.). Noventa Anos de Rádio no Brasil. Uberlândia, MG: Edufu, 2016. E-book. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/projetosdefilosofia.pdf. Acesso em: 8 ago. 2020.
  3. Livro Digital: GODINHO, T. Vida organizada: como definir prioridades e transformar seus sonhos em objetivos. São Paulo: Gente, 2014. E-book.
  4. Periódicos: TERÁN, O. Carlos Octavio Bunge: entre el científico y el político. Prismas - Revista de História Intelectual, Quilmes (AR), v. 2, nº 1, p. 95-110, 1998. p.97.
  5. Periódicos eletrônicos: DANTAS, J. A. et al. Regulação da auditoria em sistemas bancários: análise do cenário internacional e fatores determinantes. Revista Contabilidade & Finanças, São Paulo, v. 25, n. 64, p. 7-18, jan./abr.2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772014000100002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 jun. 2014. p. 22
  6. Monografias, dissertações e teses: AGUIAR, A. A. de. Avaliação da microbiota cucal em pacientes sob uso crônico de penicililina e benzatina. 2009. Tese (Doutorado em Cardiologia) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. p. 27.
  7. Anais ou Resumos de Eventos: BRYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANDO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.
  8. Anais ou Resumos de Eventos em meio eletrônico: PALETTA, F. A. C. et al. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da biblioteca do Conjunto das Químicas/USP: digitalização retrospectiva: estudo de caso. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 16.; SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS DIGITAIS, 2., 2010, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: UFRJ; São Paulo: CRUESP, 2010. 1 pen drive [ou] 1 CD-ROM [ou] Disponível em: http://aps.pt/wp-content/uploads/2017/08/DPR462DE12F4BB03_1.pdf. Acesso em 3 maio 2013.
  9. Documentos sob guarda de Arquivos: PORTUGAL. Arquivo Histórico Ultramarino. Conselho Ultramarino. PT/AHU/CU/001. p. 2 e 3. [PAÍS. Arquivo de guarda. Fundo. Referência. p.]. Disponível em: https://digitarq.ahu.arquivos.pt/details?id=1120403. Acesso em: 22 mar. 2022. [Se o documento estiver disponível online]

A partir da segunda referência da mesma obra, a identificação deve ser feita, em nota de rodapé, da seguinte forma:

  1. ARIÈS, 1989, p.56. 
  2. TERÁN, 1998, p. 98.

As notas de natureza explicativa, deverão ser posicionadas no rodapé, jamais ao final do texto.

10. Lista de referências

A Revista Ágora baseia-se nas NBR6023/18 da  Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Assim, as referências  deverão vir no final do artigo. A lista de referências deve ser alinhada à margem esquerda, com espaçamento simples, tanto para os dados, como para as referências citadas no trabalho.

As referências devem ter até dois itens.

1. O primeiro item é o de "Fontes" que são os documentos consultados.

2. O segundo item é o de "Obras Gerais" que são todas a bibliografia consultada.

As referências devem ser listadas em ordem alfabética, dispostas do seguinte modo:

A. Obra completa

ARIÈS, P. O tempo da história. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.

B. Capítulo de obra (com informações complementares)

DARNTON, R. História da leitura. In: BURKE, P. (org.). A escrita da história. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992. vol. 1, cap. 7, p. 199-236.

Obs. Em capítulos de obras devem constar as páginas e volumes da parte.

C. Artigos

CHARTIER, R. O mundo como representação.Estudos Avançados, São Paulo, v. 5, n. 11, p. 173-91, 1991.

OBS. Para documentos online, além dos elementos essenciais e complementares, deve-se registrar o endereço eletrônico, precedido da expressão Disponível em:, e a data de acesso, precedida da expressão Acesso em:.

D. Coletâneas

Os termos como coordenador, organizador e editor, são abreviados, com a inicial em minúscula e inseridos entre parênteses, por exemplo: (org.).

E. Anais

Após o título do evento, acrescentam-se  reticências inseridas entre colchetes:

Ex. PALETTA, F. A. C. et al. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da biblioteca do Conjunto das Químicas/USP: digitalização retrospectiva: estudo de caso. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 16.; SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS DIGITAIS, 2., 2010, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: UFRJ; São Paulo: CRUESP, 2010. 1 pen drive [ou] 1 CD-ROM [ou] Disponível em: http://aps.pt/wp-content/uploads/2017/08/DPR462DE12F4BB03_1.pdf. Acesso em 3 maio 2013.

F. Referência com mais de três autores

Convém indicar todos os autores. Permite-se, porém, a indicação apenas do primeiro, seguido da expressão et al.

G. Obras referenciadas sucessivamente

Não coloque traço para substituir a indicação de autoria repetida, ou seja, o nome do autor deve constar em todas as ocorrências de referência.

H. Títulos demasiadamente longos

Podem-se suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido. A supressão deve ser indicada por reticências entre colchetes [...].

I. URL (Localizador Uniforme de Recursos)

Não indique o localizador eletrônico (URL) com sinais < >. Se o documento eletrônico possuir DOI (Digital Object Identifier), deve ser mencionado, independente da indicação de URL.

J. Expressões estrangeiras

As expressões latinas In, et al., [s. l.], [s. n.] são destacas em itálico. Igualmente, palavras em inglês, utilizadas na descrição física do material, por exemplo, pen-drive, e-book, blu-ray disc, on-line, são destacadas em itálico.

K. Tabelas

As tabelas devem seguir as normas de apresenação tabular do IBGE (1993), de acordo com a ABNT (NBR 14724/2011, item 5.9):  "Devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referm e padronizadas conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)."

Artigos

Política padrão de seção

Modernismos no Brasil ao longo do século XX

O presente dossiê visa reunir pesquisas que problematizem o modernismo como conceito que se fixou para designar o período inaugurado com a Semana de Arte Moderna em 1922. O evento, mais do que um ponto de partida, converteu-se em referência de conformidade e aglutinação de forças que vinham se constituindo entre intelectuais desde a segunda metade da década de 1910. Neste dossiê, não restringimos a interpretação do modernismo ao movimento efetuado pelos paulistas, que teriam transformado os campos artísticos de outros estados brasileiros em meros receptáculos de ideias. Deve ser destacado que essa narrativa hegemônica foi empreendida por parte da elite intelectual nas décadas seguintes ao evento e é fundamental reconhecer que as expressões artísticas, ditas regionais, já haviam incorporado novos temas, linguagens e estéticas em suas produções. Diferenças e divergências no interior dos modernismos foram demonstradas por rupturas e continuidades mais ou menos explícitas como, por exemplo, discordância de opiniões em relação à construção das nacionalidades brasileiras, possibilidade de “deglutir” as influências estrangeiras ou decreto do “jejum” não colonial. Com base nessas provocações iniciais, este dossiê pretende ser um espaço para apresentação de pesquisas voltadas para os diversos modernismos existentes no Brasil, seja dos diferentes campos do conhecimento (ciências sociais e humanas, artes visuais, arquitetura, literatura, teatro e música etc.), seja das diferentes perspectivas e subjetividades historicamente invisibilizadas (de mulheres, pessoas negras, LGBTQIAPN+, quilombolas, sujeitos do campo, indígenas ou outras que reivindiquem sua voz). 

Imaginando a Nação: a Intelectualidade brasileira no Longo Século XIX

Foi bastante acertada a escolha de Isabel Lustosa para o título de sua obra dedicada à trajetória de Hipólito José da Costa. Ao referir-se ao seu biografado como “o jornalista que imaginou o Brasil”, a autora não só nos presentou com uma narrativa impecável sobre um dos mais influentes redatores de jornais de sua época, como também nos incitou a pensar como a intelectualidade luso-brasileira imaginava o que viria a ser o Brasil.

A dimensão imaginativa aparece em franco diálogo com os estudos de Benedict Anderson sobre as comunidades políticas imaginadas, intrinsicamente ligadas à noção de pertencimento. Afinal, Hipólito José da Costa passou mais da metade da sua vida fora do Brasil, o que não o impediu de escrever sobre e para o Brasil. Assim como o jornalista exilado em Londres, outras vozes e perspectivas também contribuíram para identificar o que Cecília H. de Salles Oliveira chamou de “tangibilidade da nação” – uma identidade “brasileira” que, lentamente, ia sendo forjada como diversa, embora originária, da portuguesa.


Esse dossiê intenta reunir estudos sobre diferentes vozes da intelectualidade “brasileira” que, sobretudo no século XIX, procurou imaginar o Brasil. Vozes essas que entendemos plurais, incluindo mulheres, afro-americanos, indígenas e outros grupos historicamente silenciados, que a despeito de sua marginalização política e social, também pensaram e forjaram alternativas de futuro para o Brasil.


Buscamos, portanto, pesquisas que explorem os debates sobre identidade nacional, filosofia política, literatura, ciência e muito mais. Consideramos tanto as convergências quanto as divergências de pensamento, destacando como essa intelectualidade diversa ajudou a fundar, de maneira complexa e multifacetada, a brasilidade. Para tanto, este dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores da História, Literatura, Ciências Sociais e Políticas, além de outros campos de saber correlatos, a contribuírem com suas análises sobre a intelectualidade do século XIX que imaginou o Brasil.

 

Organizadores: Dr. Arthur Ferreira Reis (UFES) e Dra. Cecilia Siqueira Cordeiro (UnB).

Prazo de recebimento de artigos: 15 de maio de 2024.

A escravidão moderna e as instituições luso-brasileiras entre os séculos XVII e XIX

Após algum tempo de arrebatadas discussões sobre ser ou não a violência o elemento estrutural da dominação escravista, um grupo de historiadores, composto por brasileiros e por alguns brasilianistas, dedicados à compreensão de diferentes facetas do cotidiano de africanos e descendentes que viveram como escravos na antiga colônia lusa da América e depois no Império do Brasil, empreendeu numerosos estudos marcados por abordagens que privilegiaram análises bastante definidas espaço-temporalmente, nas quais o escravo acabou por assumir, via de regra, um papel preponderante sobre a própria escravidão. Salvo algumas exceções, a documentação cartorial, policial e judiciária relativa aos cativos foi frequentada mais como um meio de se chegar ao dia a dia dos envolvidos do que propriamente para o estudo do aparato estatal que lhe conferia forma e legalidade.

 Mais recentemente, no entanto, ao longo das últimas duas décadas, mesmo se considerarmos que os estudos localizados ainda tenham alcançado uma expressão considerável, assistiu-se no Brasil, no Caribe e nos Estados Unidos a um renovado interesse pelas macroabordagens, tanto na publicação de novas pesquisas, quanto na produção de traduções de obras consagradas – que colocaram à disposição de um número mais amplo de interessados questões que ficaram, por algum tempo, relegadas a segundo plano, esquecidas sob a pecha de grandes generalizações de caráter ideológico, economicista ou culturalista. Aos poucos, a história da escravidão moderna vem sendo, no Brasil e no exterior, novamente interpretada à luz de histórias conectadas no espaço americano, na perspectiva atlântica, sob o prisma do império português e no âmbito da própria cultura ocidental.

Colocando-se a um só tempo como tributário e crítico desses amplos movimentos historiográficos, este dossiê temático pretende abrir espaço a um conjunto novo e vibrante de estudos que vem articulando o problema da escravidão de africanos e descendentes à construção ou ao funcionamento de instituições que compuseram a Monarquia lusa e o Estado do Império do Brasil entre os séculos XVII e XIX. Assim, serão bem-vindas investigações em torno dos impactos da escravidão sobre instituições ligadas aos governos monárquicos e ao próprio Estado, tais como: os Tribunais Seculares e Episcopais, o Santo Ofício, os Conselhos Administrativos e Consultivos, as Assembleias, as Câmaras Administrativas e Parlamentares, a Polícia, o Júri, dentre outros órgãos que, neste amplo lapso temporal, contribuíram por meio de suas práticas e de seus membros para o estabelecimento do longo debate sobre o binômio Escravidão e Estado no mundo luso-brasileiro. Interessam, ainda, estudos que explorem as prescrições e os atributos conferidos à escravidão ou às condutas cotidianas de senhores, escravos e libertos por instituições nesses séculos. Acreditamos que jogar luz sobre tais abordagens possa trazer novos aportes e discussões instigantes para o debate sobre um tema que, no último meio século, primou pela polêmica e por constantes renovações interpretativas, com impactos sobre a escrita da história no Brasil e no exterior. 

 

Organizadores: Dr. Ricardo Alexandre Ferreira (UNESP), Drª. Monique Marques Nogueira Lima (UNESP) e Drª. Larissa Biato de Azevedo (UNESP)

Prazo de recebimento de artigos: 31 de julho de 2024.

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