Religiosidade, perdição da alma e salvação na sociedade portuguesa medieval (séc. XIV-XVI)
Abstract
O objetivo deste artigo é apresentar alguns elementos da religiosidade portuguesa em fins da Idade Média e início da Moderna e ações indicadas pela Igreja na conduta dos cristãos, como a esmola, os jejuns, a frequência às missas. Destaca-se a preocupação com a salvação da alma, o apreço pela Virgem Maria e pelos franciscanos. Neste período é possível notar também um aumento das procissões, num contexto de medo da morte, devido à peste
negra. Ao mesmo tempo, as práticas pagãs ainda eram realizadas no reino luso e se acreditava na possibilidade do indivíduo ser tomado pelo demônio. Um exemplo é uma solicitação de um endemoniado que pede ao monarca Afonso V a aposentadoria, em virtude de estar possuído pelo demônio, no que é atendido. São mostrados alguns exemplos da crença do papel do milagre na Crónica de D. João I e da religiosidade de algumas pessoas da nobreza, como D.Nuno, e da família real avisina, como D. João I, D. Duarte e D. Filipa.
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