A branquimanicomialização da política de saúde mental brasileira
DOI:
https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i3.40052Resumo
O artigo analisa como se estrutura o processo de branquimanicomialização do cuidado em saúde mental para a população negra na sociedade brasileira, identificando os conflitos e as correlações de forças. Para a sua construção, recorreu-se à pesquisa qualitativa, por meio de investigações bibliográficas e documentais. De modo geral, verificaram-se contradições na construção da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB), a constância de uma cultura manicomial, hospitalocêntrica e racista ao longo da construção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), resultando, inicialmente, na filiação da branquitude nos cargos de gestão, na branquimanicomialização da clínica do cuidado, na mercadorização da desinstitucionalização e na criminalização da redução de danos por meio do financiamento das comunidades terapêuticas.
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