A branquimanicomialização da política de saúde mental brasileira

Autores

  • Cibele da Silva Henriques Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i3.40052

Resumo

O artigo analisa como se estrutura o processo de branquimanicomialização do cuidado em saúde mental para a população negra na sociedade brasileira, identificando os conflitos e as correlações de forças. Para a sua construção, recorreu-se à pesquisa qualitativa, por meio de investigações bibliográficas e documentais. De modo geral, verificaram-se contradições na construção da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB), a constância de uma cultura manicomial, hospitalocêntrica e racista ao longo da construção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), resultando, inicialmente, na filiação da branquitude nos cargos de gestão, na branquimanicomialização da clínica do cuidado, na mercadorização da desinstitucionalização e na criminalização da redução de danos por meio do financiamento das comunidades terapêuticas.

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Biografia do Autor

Cibele da Silva Henriques, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Assistente Social. Mestre em Serviço Social. Doutoranda em Serviço Social pelo Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estatutária do Instituto Psiquiátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (IPUB/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil).

Publicado

30-09-2023

Como Citar

Henriques, C. da S. (2023). A branquimanicomialização da política de saúde mental brasileira. Argumentum, 15(3), 220–230. https://doi.org/10.47456/argumentum.v15i3.40052