v. 15 n. 3 (2023): Saúde mental em tempos de crise: aumento das situações de sofrimento mental, erosão da política e reversão conservadora
Ultraneoliberalismo e o rebatimento nas Políticas de Saúde Mental e sobre drogas. As contrarreformas e a reversão neoconservadora dessas políticas sociais e a regressividade na Reforma Psiquiátrica brasileira. Crise sanitária pela COVID-19 e saúde mental. A (re) configuração normativa da Política de Saúde mental no contexto atual. As dimensões de gênero, raça, classe e sexualidade e as produções de subjetividades no contexto da (re) produção das relações sociais no Brasil e no panorama mundial. O avanço das CTs (Comunidades Terapêuticas) diante da ofensiva neoliberal contra os sistemas universais de saúde e em favor do tradicionalismo moral-religioso. Todos esses aspectos trazem a necessidade de novas formas de resistência por parte dos setores que são impactados pela barbárie social promovida pelo capitalismo (responsável pelos níveis extremamente altos de problemas de saúde mental). Entendemos que o alívio ao sofrimento mental só é possível “numa sociedade sem exploração e opressão”. Apoiados por uma crítica radical, a partir de instrumentos que permitam a leitura da totalidade das relações sociais e suas contradições, com subsídios para propor e intervir no real. Isso demanda dos pesquisadores do tema a necessidade de ir à raiz das questões postas, na perspectiva de fornecer argumentos para a luta social que pretende retomar e adensar as históricas conquistas provenientes da RP brasileira como também de processos em outros países. Esse é o objetivo da Argumentum nessa chamada: adensar os debates sobre as Políticas de Saúde Mental.