A segurança pública a partir de lentes interseccionais sobre raça, classe e gênero

Autores

  • Elaine Cristina Pimentel Costa Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.47456/argumentum.v12i3.31051

Resumo

A relação entre segurança pública e racismo está no cerne do texto de Andréa Pires Rocha, que se propõe a pensá-los como pilares sustentadores do Estado burguês, proporcionando diversas reflexões acerca do capitalismo e das práticas punitivas no Brasil.

Amparada em importantes referenciais teóricos da filosofia política, das ciências sociais, da literatura e da criminologia crítica, a autora transita entre categorias como singularidade, particularidade e universalidade, nas matrizes do materialismo histórico-dialético de Marx, para tecer uma severa crítica à sociabilidade burguesa e seus desdobramentos no campo da segurança pública, marcada pelo racismo estrutural. Dialoga, então, como os escritos de Michelle Alexandrer (2017), Magali da Silva Almeida (2014), Angela Davis (2018), Lélia González (1984), Silvio Almeida (2018), Abdias Nascimento (2016), Ana Flauzinha (2008), Juliana Borges (2018), Alessandro Baratta (1999), David Garland (2014), Loïc Wacquant (2001 e 2013), George Rusche e Otto Kirchheimer (2004), além de Erick Williams (2012), Frederick Engels (1984) e Lênin (2007), numa interessante interface teórica entre os estudos sobre raça e a criminologia crítica, que a leva à construção de sólidos argumentos em torno dos temas da segurança pública e do racismo.

O texto aponta elementos importantes para pensar o Estado capitalista como um Estado historicamente penal, sustentado pelo princípio burguês da segurança, que estabelece uma relação simbiótica com o racismo, opressão fortemente estruturada no capitalismo.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

Pimentel Costa, E. C. (2020). A segurança pública a partir de lentes interseccionais sobre raça, classe e gênero. Argumentum, 12(3), 26–34. https://doi.org/10.47456/argumentum.v12i3.31051