O crime socioambiental em Maceió decorrente da exploração de sal-gema

Autores/as

  • Luana Cavalcante Pinho Universidade Federal de Alagoas (Ufal)

DOI:

https://doi.org/10.47456/argumentum.v13i3.43871

Palabras clave:

Polo cloroquímico alagoano, Extração de sal-gema, Crime socioambiental, Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação

Resumen

O artigo investiga o crime socioambiental decorrente da mineração de sal-gema em Maceió, Alagoas. Ampara-se em bibliografias que analisam a economia alagoana, com foco na indústria química do estado, além de documentos que tratam aspectos diversos do crime. Traça-se o histórico da implantação da indústria química alagoana, evidenciando que os riscos ambientais decorrentes da atividade foram ignorados, mesmo sendo conhecidos desde o princípio, o que resultou na necessidade de evacuar a região afetada, ocasionando o deslocamento de cerca de 60 mil pessoas. Analisam-se também os desdobramentos do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que indeniza os afetados diretamente pelo crime. Constatou-se que a população afetada majoritariamente buscou se fixar em Maceió e em sua região metropolitana, o que contribuiu para inflacionar os preços dos imóveis na cidade.

 

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Biografía del autor/a

Luana Cavalcante Pinho, Universidade Federal de Alagoas (Ufal)

Universidade Federal de Alagoas, Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Maceió, AL, Brasil

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Publicado

28-12-2024

Cómo citar

Pinho, L. C. (2024). O crime socioambiental em Maceió decorrente da exploração de sal-gema. Argumentum, 16(3), 42–58. https://doi.org/10.47456/argumentum.v13i3.43871