A Galáxia da Minha Avó
Resumo
Na série fotográfica A galáxia de minha avó, disponho os medicamentos de minha avó materna sobre imagens de diversas obras do artista norte-americano Edward Hopper. Acompanhar de perto sua velhice me ofereceu a dupla percepção sobre a solidão e melancolia do processo de envelhecimento. No trabalho, comprimidos, drágeas e pílulas coloridas, alguns sobrepostos diretamente aos rostos das figuras femininas, dilatam o campo imagético para realçar a confrontação do corpo no espaço representado, propondo uma colisão de tempos e extensões. As personagens, realinhadas numa galáxia imaginária, extrapolam sua dimensionalidade e tencionam o vínculo entre as camadas do conjunto. Nesse jogo entre escalas, texturas e cores, o real é sutilmente confrontado por sua própria falência, mas por outro lado origina uma paisagem que se orienta justamente via conflito — uma galáxia em rearranjo no universo de nossa relação afetiva.
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