Transitoriedade do corpo, performatividade das paisagens psicossociais e subjetivações à flor da pele

linhas de força de um corpo em estado de performance

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/col.v14i24.45405

Palavras-chave:

Rubiane Maia, performance, arte contemporânea, clínica de si, modos de vida

Resumo

O artigo explora três linhas de força poética presentes na obra da artista Rubiane Maia: a transitoriedade do corpo, a performatividade das paisagens psicossociais e as subjetivações à flor da pele. Por meio de um exercício teórico, diferentes conceitos são relacionados para destacar essas forças em suas performances. Os trabalhos “Pele. Superfície. Mercado” (2006), “Ensaio de Casamento” (Vermelho-Mulher) (2011) e “O Jardim” (2015) são analisados como estudos de caso, elucidando tais reflexões. Argumenta-se que essas linhas convergem para consolidar a performance como um espaço de criação de novos modos de ser e estar no mundo.

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Biografia do Autor

Lindomberto Ferreira Alves, PPGArtes-UFPA/FAPESPA

Curador, artista-educador e pesquisador. Doutorando em Artes pelo PPGArtes-UFPA (bolsista FAPESPA). Mestre em Artes pelo PPGA-UFES [2020]. Licenciado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Araras Dr. Edmundo Ulson - UNAR/SP [2020] e Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA [2013]. Membro dos grupos de pesquisa: Curadoria e Arte Contemporânea (UFES) e Conversações: Filosofia Contemporânea, Formação e Arte (UFPA). Integra o grupo de estudo Deleuze: Aprendizado, Arte e Educação (UFPA). Membro dos coletivos Furtacor e Baile. Autor do livro Rubiane Maia: corpo em estado de performance [SECULT/ES, 2021].

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Publicado

30-12-2024

Como Citar

Alves, L. F. (2024). Transitoriedade do corpo, performatividade das paisagens psicossociais e subjetivações à flor da pele: linhas de força de um corpo em estado de performance . Revista Do Colóquio, 14(24), 11–29. https://doi.org/10.47456/col.v14i24.45405

Edição

Seção

Artigos