O silêncio falante e as águas de Kianda
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20519Resumo
Este texto apresenta o livro O leito do silêncio, da escritora angolana Isabel Ferreira. Tem como objetivo tecer leituras descritivo-interpretativas dos seus 53 poemas. Águas e silêncios, no livro, desfilam como significantes entoados, metaforicamente, em diversos ambientes, estados e circunstâncias. Neles denotam-se ecos de uma Angola pós-guerra, entrecruzada entre a tradição e o contemporâneo, mas também de memórias de tempos e histórias que se quer lembrados, ressignificados e outros esquecidos. São gritos poéticos, ainda, por vezes, silenciados por novas vozes dominantes que se impõem em travessias e rios, ameaçando liberdades poéticas e culturais conquistadas. São alaridos e bramidos líricos que rompem com palavras cerceadas e práticas de interdição, atribuindo assim à palavra poética sentidos e funções de lâminas e objetos cortantes.
PALAVRAS-CHAVE: Isabel Ferreira - O leito do silêncio. Águas. Silêncios. Memórias.
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