Vozes do deserto, de Nélida Piñon, e a resistência da ficção
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20520Resumo
Este artigo almeja refletir sobre os alcances do diálogo entre o Livro das mil e uma noites e Vozes do deserto (2004), de Nélida Piñon. Parte-se da ideia de que esse premiado romance pretende legitimar a literatura no mundo contemporâneo, em que sua fragilidade é amiúde ressaltada. Nesse sentido, a releitura de Scherezade, que permanece viva graças às suas narrativas, seria uma forma de a escritora brasileira lutar contra a ameaça de morte da ficção, criando, em um contexto bastante distinto, um espaço de resistência, uma “voz” no deserto. Será mostrado como Nélida, ao retratar os bastidores da criação literária, reforça o quanto a literatura é capaz de propiciar uma forte experiência de alteridade e a ampliação da visão de mundo, desempenhando um importante papel na trajetória do sujeito.
PALAVRAS-CHAVE: Nélida Piñon – Vozes do deserto. Vozes do deserto – Intertextualidade. Efeitos da ficção.
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