De mulheres e bruxas: o imaginário medieval nos contos “São os cabelos das mulheres” e “Quem me deu foi a manhã”, de Marina Colasanti

Autores

  • Edilson Alves de Souza Universidade Estadual de Goiás – UEG
  • Nair Fernandes Pereira Colégio Estadual José Pereira Faustino – CEJPF
  • Vanessa Gomes Franca Universidade Estadual de Goiás - UEG

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20521

Resumo

Em escritos judaico-cristãos (e pagãos) que fundaram o ocidente medieval, a mulher está relacionada ao mal e ao pecaminoso. O comportamento feminino e sua relação com a natureza e os seres que nela habitam, submetidos à autoridade do Cristianismo para a interpretação de eventos naturais como “sobrenaturais”, alimentaram uma noção mística misógina que culminou na associação da mulher à bruxaria. Esse imaginário sobre a mulher repercute até os dias atuais. Não raro, têm surgido obras literárias que discutem esses temas ainda hoje. Assim sendo, este trabalho propõe desvelar a ressonância do ideário mediévico sobre a mulher e a bruxaria, analisando os contos “São os cabelos das mulheres” e “Quem me deu foi a manhã”, ambos do livro 23 histórias de um viajante, de Mariana Colasanti. Para tanto, nos embasaremos principalmente em Bloch (1995); Chevalier e Gheerbrant (2009), Fonseca (2010; 2013), Kramer e Sprenger (2014), Muraro (2014), dentre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Marina Colasanti - 23 histórias de um viajante. Misoginia. Bruxaria.

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Publicado

30-06-2018