Não falei: testemunho culpado em Beatriz Bracher

Autores

  • Juliane Vargas Welter Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
  • Mariana Figueiró Klafke Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20523

Resumo

Este artigo propõe uma análise do romance Não falei, publicado por Beatriz Bracher em 2004, enquanto elaboração de uma memória traumática sobre o período da ditadura civil-militar brasileira. O protagonista e narrador rememora a experiência de ser preso e torturado durante a ditadura e lida com a culpa de ter causado a prisão e morte do cunhado, mesmo afirmando não ter delatado. Se, por um lado, se trata de uma espécie de testemunho de um indivíduo, por outro, refere-se a uma experiência histórica coletiva. O texto estabelece relações entre o romance e outras obras que tratam do tema e utiliza como referência estudos de Márcio Seligmann-Silva sobre testemunho e trauma para discutir o livro.

PALAVRAS-CHAVE: Beatriz Bracher – Não falei. Literatura e ditadura. Trauma. Testemunho.

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Publicado

30-06-2018