O sétimo juramento, de Paulina Chiziane: uma análise diálogo-discursiva das tensões entre gênero e religião
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20530Resumo
Paulina Chiziane, a primeira mulher a escrever um romance em Moçambique, é uma das poucas vozes femininas moçambicanas a possuir visibilidade no âmbito da crítica literária. Tomando a condição feminina com sua temática, seus romances são permeados por vozes e discursos que buscam combater o patriarcalismo que permeia a sociedade moçambicana. Diante disso, este estudo teve como objetivo verificar – por meio dos discursos subjacentes na voz do narrador e/ou das personagens – de que maneira se dá o diálogo entre os discursos voltados às questões de gênero e o discurso religioso em O sétimo juramento(2000), quer seja completando-o, opondo-se a ele, confirmando-o, conformando-se a ele, sendo apoiado por ele, ou seja, em constante tensão. Para isso, debruçamo-nos sobre os estudos do chamado Círculo de Bakhtin (Bakhtin, Volóchinov, Medviédev), especialmente no que diz respeito aos conceitos de dialogismo, enunciado, palavra e da configuração do romance no interior do pensamento bakhtiniano.PALAVRAS-CHAVE: Paulina Chiziane. Literatura moçambicana. Dialogismo. Discurso religioso.
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Publicado
30-06-2018
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Seção
Artigos (Dossiê)
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