A palavra literária como arma em Luisa Valenzuela

Autores

  • Paulo Dutra Stephen F. Austin State University – SFASU Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes
  • Vitor Bourguignon Vogas

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20543

Resumo

Neste artigo, buscaremos apresentar e analisar a narrativa de resistência praticada pela escritora argentina Luisa Valenzuela para problematizar formas diversas de dominação. Valendo-se de recursos literários, Valenzuela aborda de maneira crítica, em um plano estritamente ficcional, não só a dominação política mantida durante a ditadura militar em seu país (1976-1983) como a histórica dominação de gênero existente na sociedade argentina. Contra o monopólio do discurso, a ficcionista adota a pluralidade de vozes; para se opor à supressão das minorias marginalizadas, põe em primeiro plano o mesmo “eu” anulado pelo regime ditatorial e pela sociedade machista – de modo muito particular, um “eu” feminino. Consciente do poder desestabilizador da palavra, Valenzuela usa como arma declarada a linguagem literária, tão letal e manipulável quanto o veneno dos sapos cuspidos ao falar por uma de suas personagens.

PALAVRAS-CHAVE: Luisa Valenzuela. Resistência. Polifonia. Desconstrução de discursos.

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Publicado

30-06-2018