Clandestinidade e resistência em K.: relato de uma busca, de Bernardo Kucinski
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.23017Resumo
Em K.: relato de uma busca, Bernardo Kucinski (2016) constrói uma narrativa autoficcional microscópica sobre a procura de um pai pela filha “desaparecida” durante a ditadura militar brasileira. A descrição visceral da ausência de respostas costura a trama para expor ao leitor um ambiente movediço em que é imperativo para o protagonista desconfiar das pistas encontradas. O artigo explora a resistência e a clandestinidade aí circunscritas: as ações da filha e do pai se chocam com o trabalho de apagamento da verdade pela ditadura. Teoricamente, são abordadas noções atinentes à resistência ao sistema repressivo, a partir de Konrad (2013); ao ato clandestino de oposição, pensado por Scarpelli (2009); e à questão da perda após o desaparecimento da esperança, por Figueiredo (2017). Observa-se, assim, que a morte na ficção incita a reescrita da história por meio de um conflituoso e doloroso resgate da memória.
PALAVRAS-CHAVE: K.: relato de uma busca. Bernardo Kucinski. Clandestinidade. Resistência.
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