A melancolia de resistência como identidade: um estudo sobre as personagens Sem Medo e Aníbal das obras Mayombe e A Geração da Utopia, de Pepetela

Autores

  • Cibele Verrangia Correa da Silva

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.23019

Resumo

Este artigo se dedica a refletir sobre uma importante temática que está presente em grande parte das literaturas africanas de língua portuguesa, em especial, a angolana, que é a relação do fazer literário com os processos de (re)construção identitária, observando o projeto da gestação do nacional, bem como as subjetividades individuais em um contexto atravessado pelo pós-colonial, passando pelo universo do engajamento, importante elemento estético e temático das narrativas que se forjam neste período, bem como as ações e movimentações que levam o discurso engajado ao desencanto e a apatia de um tempo desesperançado, mas nem por isso letárgico ou apático, o que chamamos de melancolia de resistência, termo cunhado por nós e que será apresentado neste, observando duas importantes personagens da narrativa pepeteliana, corpus central deste estudo. Nos debruçamos a analisar a construção estética, estrutural e temática de duas importantes personagens dos romances Mayombe e A Geração da Utopia de Pepetela, ou seja, Sem Medo e Aníbal, que nas suas condições de pseudo protagonistas, trazem em si toda a experiência da luta e da resistência, hibridizando esperanças e desencantos, num movimento que exige o mergulho em si, para enfim encontrar novas estratégias de enfrentamento e lugares de fala que a melancolia traz.

PALAVRAS-CHAVE: Melancolia de resistência. Identidade. Mayombe. A Geração da Utopia. Sem Medo e Aníbal.

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Publicado

02-01-2019