Presença negra na literatura da Amazônia: reflexões acerca de Belém do Grão-Pará e Seringal
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.24558Resumo
Este artigo aborda a questão da personagem negra em duas produções romanescas da Amazônia no século XX: Belém do Grão-Pará, de Dalcídio Jurandir, e Seringal, de Miguel Ferrante. O objetivo é observar como a construção do negro ocorre em textos literários de lugares em que historicamente o papel do negro foi invisibilizado perante a sociedade. A partir da análise desses romances, em diálogo com a teoria das identidades, de Cuche (2002); da negritude, de Fanon (2008) e Munanga (1988); do silêncio, de Orlandi (2007) e da perspectiva historiográfica, de Martinello (2004), Salles (2005) e Ranzi (2008), pôde-se compreender que essas narrativas constroem diferentes leituras sobre a presença negra na Amazônia: enquanto Seringal desenha um negro conforme a visão de inferioridade que a sociedade lhe atribui, atrelada à exploração econômica que o seringueiro sofria; a outra redesenha um negro na perspectiva da valorização de seus saberes, seu trabalho, suas manifestações culturais e seu engajamento nas lutas sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Negritude – Tema literário. Literatura brasileira amazônica. Dalcídio Jurandir – Belém do Grão-Pará. Miguel Ferrante – Seringal.
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