O retrato e os segredos da palavra visual

Autores

  • Susana Vieira Universidade Nova de Lisboa - UNL
  • Rosa Fina Universidade de Lisboa - UL

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.30173

Resumo

RESUMO: Pela imagem de pensatividade que nos reporta, não deixa o retrato de ser uma
linguagem através da qual experimentamos a sensação de voyeurismo. Somos comuns a algo mais; somos um e o Outro. Somos. Entendido assim, o retrato torna-se motivo de uma
conceptualização apenas se em presença de um espectador que emancipe por si mesmo uma interpretação. A este propósito não será despiciendo evocar o étimo retractu, enquanto efeito plausível quer de um retraimento, quer de uma remição, sempre em face do valor de uma anterioridade. Quando a imagem se fixa, algo se retira a um antes. Excesso ou inacabamento? Crença ou fingimento? A partir de O espectador emancipado de Rancière e das noções de verdade e verosimilhança, e em confronto com o literário, ensaiaremos uma hipótese de leitura que entenderá ambos — o retrato e o texto — como uma linguagem visual fixando a totalidade ou o fragmento de algo. Para o efeito, e fundamentando a nossa análise, mencionaremos o trabalho de Barthes, Correia, Deleuze & Guattari, Ricoeur, Todorov e Ramos Rosa, além do próprio autor (Rancière) de que partirá o nosso argumento.


PALAVRAS-CHAVE: Linguagem visual. Verdade e/ou verosimilhança. Pensatividade/emancipação.

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Publicado

27-10-2020