Margarita Hurtado e Mary Grueso: feminismo e resistência negra na Colômbia
Resumo
Os poemas de Margarita Hurtado (1918 - 1992) e Mary Grueso (1947) soam como uma canção para seus ancestrais: homens e mulheres negros que forem escravizados e trabalharam, por mais de dois séculos, um conjunto de tradições que hoje resistem ao esquecimento. Ao apresentarmos as histórias de vida dessas duas autoras que narraram em verso a memória histórica dos povos negros do Pacífico colombiano, comunidades que historicamente foram e ainda são vítimas de violência e da falta de proteção do Estado, nos remetemos ao papel político das narrativas produzidas pelas autoras que redefiniram o discurso do que significa ser afro-pacífico, e transgrediram as normas morais de uma sociedade que desaprovava que as mulheres levantassem suas vozes contra a violência sistemática da qual foram vítimas por ser mulheres negras. Finalmente, é mostrado por que a herança cultural desses povos orais poderia estar em risco se a figura da narradora continuasse desaparecendo.
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Copyright (c) 2021 JULIÁN VIVAS BANGUERA
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