O louvor da escrita da história como “remédio para a memória” nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara
Resumo
RESUMO: Este artigo trata da atualização do topos da escrita como “remédio para a memória” nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara, produzidas no período tardo-medieval português. Uma vez que Zurara atuou como cronista-mor da corte régia, centramos nosso olhar no louvor que ele dirige especialmente à escrita da história como o melhor meio para imortalizar, ou salvar do esquecimento, os nomes e os feitos daqueles que bem obraram a serviço de Deus e do rei. Partindo do lugar-comum de que o tempo faz “escorregar” da frágil memória dos homens até os acontecimentos mais notáveis, Zurara, ao mesmo tempo em que elogia a escrita da história como um sagrado antídoto contra o esquecimento, apresenta-se a si, escritor de história, e ao rei D. Afonso V, encomendador das histórias escritas, como indispensáveis lembretes a todo o corpo social.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Portuguesa – Século XV. Gomes Eanes de Zurara – Crônicas. Crônicas – Escrita da História. Literatura e memória.
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